Toledo tem demonstrado, por meio de diversos indicadores, que está conseguindo superar gradativamente os efeitos negativos decorrentes da pandemia do novo coronavírus na economia. O governo municipal está promovendo várias ações para que essa retomada seja a mais rápida e segura possível e uma delas foi a ampliação de microcrédito.
Iniciado em 2015, com aporte de R$ 125 mil, o convênio entre Prefeitura de Toledo e a Sociedade Garantidora de Crédito do Oeste do Paraná (SGC/Garantioeste) foi ampliado no início de junho, com o repasse de R$ 1 milhão. Este montante forma o fundo de aval que permite a concessão de financiamentos (limitados a R$ 25 mil por CNPJ) em favor de micro, pequenas e médias empresas, além de agricultores familiares, e jovens e mulheres atendidos por programas de fomento ao empreendedorismo.
Considerando que para cada R$ 1,00 repassado à Garantioeste é multiplicado por dez, existem R$ 11,25 milhões de crédito barato na economia local. Deste total, R$ 568 mil (5,05% do total) já foram concedidos em 34 operações (média de 16.705,88 por ticket) desde quando sociedade garantidora e município ampliaram a parceria. “Este número tem potencial para ser muito maior e nas próximas semanas queremos ampliar as ações de divulgação deste linha de crédito, reservando, se possível, um dia da semana para nossa equipe atender os empreendedores no Paço Municipal”, informa.
Desde 2015, o convênio entre as partes possibilitou a concessão, por intermédio de instituições conveniadas à Garantioeste (Cresol Integração, Sicoob Meridional e Sicredi Progresso), de R$ 3.749.056,00 em microcrédito, favorecendo 244 empresas do município (média de R$ 15.364,98 por ticket) que foram beneficiadas com juros menores e prazos maiores do que os praticados pelo sistema bancário tradicional. “A concessão de crédito é bastante simples. Se o tomador apresentar toda a documentação exigida, a resposta da sociedade garantidora é dada no dia seguinte e, caso tudo esteja nos conformes, a instituição financeira leva mais dois ou três dias para depositar o valor solicitado”, explica. “É um procedimento muito menos burocrático, por exemplo, que o do Pronampe [Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte], que cobra praticamente a mesma taxa que as oferecidas pelas cooperativas de crédito com as quais trabalhamos. Portanto, vale a pena que aquele empresário que precisa levantar recursos para o seu negócio nos procure”, pontua.
Os interessados podem procurar o escritório local da Garantioeste (Rua Barão do Rio Branco, 1878) ou o posto de atendimento na Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit). “A Lei “R” nº 9/2021 regulamenta quem são os públicos favorecidos e a forma como o crédito é concedido com o aval do governo municipal. Ou seja, caso o tomador não consiga honrar o compromisso, esse fundo impede que a instituição financeira que concedeu o financiamento fique no prejuízo. Com riscos menores, a operação se torna mais barata e o empreendedor pode reestruturar seu capital de giro ou fazer investimentos com muito mais tranquilidade”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, de Inovação e Turismo, Diego Bonaldo.
O secretário aponta outras vantagens. “É uma política pública assertiva: exige um investimento relativamente baixo se comparado aos benefícios que propicia. Em vez de recorrerem aos bancos comerciais, nossos empreendedores têm acesso facilitado ao crédito de que tanto precisam e o montante pago em juros não vai embora, ele fica por aqui, com cooperativas de crédito que têm um sólido compromisso com o desenvolvimento regional”, salienta Bonaldo.