Diante do grande volume de chuvas registrado nos últimos dias, o Setor de Controle e Combate às Endemias de Toledo pede para que os moradores redobrem os cuidados em relação à limpeza dos imóveis. O foco está em evitar o acúmulo de água em objetos (se for possível eliminá-los, é melhor) que podem servir de criadouro para o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e outras doenças.
A coordenadora do setor, Lilian Konig, observa que os agentes de endemias têm encontrado, na visita aos imóveis, um maior número de depósitos de água com larvas do inseto. “A gente se preocupa bastante e pede à população para ter mais cuidado com seu quintal, especialmente com as plantas aquáticas e também com calhas, cisternas, ralos e caixas d’água que não estão devidamente tampados”, alerta. “Também pedimos a colaboração para os moradores não criarem obstáculos ao trabalho dos agentes. Receba-os muito bem e aceite de bom grado as orientações e as possíveis notificações que eles vierem a fazer, pois eles estão trabalhando para o bem de todos, principalmente da família que reside naquele endereço”, salienta.
Lilian reforça que os sintomas da dengue são muito semelhantes aos das síndromes respiratórias, e que prevenir o surgimento de casos da doença causada pelo Aedes aegypti é fundamental. “Estamos vivendo um momento difícil, com o sistema público sobrecarregado com o crescimento de casos da Covid-19. Por isso, temos realizado bloqueios, vistorias diárias de segunda a sexta e feito algumas visitas aos sábados. Quando não tem ninguém no imóvel, deixamos uma correspondência na caixinha de correio e pedimos para as pessoas que a receberem entrar em contato com aquele telefone para agendarmos data e horário”, orienta. “Outro favor que pedimos é para que as pessoas com sintomas de dengue procurem imediatamente a unidade de saúde mais próxima, pois é a partir desta notificação que a gente consegue tomar as medidas sanitárias necessárias para conter a reprodução do Aedes e, assim, impedir um surto ou uma epidemia desta doença em nosso município”, aconselha.
Até o momento, a dengue em Toledo não inspira maiores preocupações, pois no ano epidemiológico 2021/2022 (iniciado em 1º de agosto do ano passado) o município teve 73 notificações, com 1 caso confirmado (autóctone), 60 descartados e 12 sob investigação. “Temos a situação ainda sob controle e precisamos que todos mantenham as medidas que impedem a reprodução do Aedes aegypti em seus imóveis. Temos municípios da 20ª Regional de Saúde com uma situação preocupante. Portanto, todo cuidado é pouco, inclusive recomendamos o uso de repelente àqueles que forem viajar para esses municípios”, adverte.