Após passar dois anos em branco por causa das medidas restritivas impostas pela pandemia de Covid-19, o tradicional evento alusivo à Páscoa promovido pelas duas unidades (Pioneiro e Coopagro) dos Centros de Revitalização da Terceira Idade (Certis) voltou a ser realizada na tarde desta terça-feira (12). Realizado no Teatro Municipal, o evento teve como ponto central o musical “Paz e Amor em Cristo”, encenado por um elenco composto majoritariamente por idosos que participam das atividades oferecidas pelo órgão.
Donos de um talento ímpar, eles encantaram o público, que aplaudiu muito cada ato da história mais conhecida de todos os tempos, a Paixão de Cristo, sendo contada com tanto amor e entrega em palco. “Eu estava muito nervoso, mas a emoção de interpretar Jesus foi maior e eu me sinto orgulhoso por ter feito parte de um espetáculo tão bonito”, comenta Sebastião Dinarte, idoso atendido pelo Certi Pioneiro.
A peça foi escrita e dirigida pela professora Adriane Rosimere Fritzen Neumann Fritzen, que fez ensaios com idosos dos dois Certis. O enredo tem como ponto de partida uma conversa entre vó e seus três netos sobre o sentido da Páscoa, durante a qual há números teatrais e musicais que narram a história de Cristo a partir da última ceia e passando pela sua crucificação, morte e ressurreição, mostrando que a celebração desta data se assenta nestes fatos ocorridos há quase 2.000 anos e não somente em dar e receber chocolate.
Recomeços
Momentos antes de as cortinas do espetáculo se abrirem pela primeira vez, o significado teológico da Páscoa foi apresentando brevemente pelo pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil em Toledo, Edgard Ravache. “Quando as mulheres foram em direção ao sepulcro onde estaria Jesus, elas ficaram apavoradas que o corpo não estava mais ali. Muitas vezes, esse pavor toma conta da gente, mas não podemos esquecer que ele nos assegurou que estaria conosco até o fim”, salienta. “Por isso, cabe a nós sermos mensageiros da paz, operários do amor, agindo também como ressurretos, buscando a reconciliação com aqueles de quem nos distanciamos. Temos que reativar nossa capacidade de perdoar, de recomeçar, de curar as feridas. E a Páscoa é o momento propício para isso”, destaca o pastor.