A ampliação dos serviços prestados à população em Toledo tem sido uma constante. A partir de um trabalho organizado pelo Departamento de Atenção Especializada em Saúde foi ampliado o número de especialidades médicas ofertadas aos toledanos por meio do setor. Entre os novos atendimentos realizados no local ou referenciados dentro do município estão a Neuropediatria, a Hematologia, Infectologia e avanços em relação aos procedimentos cirúrgicos de Ginecologia que não demandam internamento hospitalar.
Os novos profissionais iniciaram o atendimento no mês de março e a maioria destas demandas eram atendidas em outras localidades, por meio do chamado Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Conforme a diretora responsável pelo Setor, Katheli Mayumi Hino do Nascimento, foram contratados profissionais por meio de concurso para as funções de ginecologista e neuropediatra, enquanto hematologista e infectologista estarão disponíveis por meio parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR/Campus Toledo) e Secretaria de Saúde municipal. “Também temos um infectologista contratado por concurso que voltará a atender”, comentou
Conforme Kathelli, a maior dificuldade para os pacientes eram os deslocamentos para outros municípios, em especial em Curitiba, capital do estado. “Era uma viagem longa e, apesar do município disponibilizar passagem e estadia, se tornava bastante difícil para a população. Em 2018, por exemplo, nossos pacientes de hematologia foram direcionados à Umuarama para serem atendidos no Hospital da União Oeste Paranaense de Estudo e Combate ao Câncer (UOPECCAN)”, explica a diretora.
Mesmo com avanços em quatro áreas, a maior conquista, avalia a diretora, foi a vinda do neuropediatra A contratação possibilitou acesso a avaliações neurológicas especializadas para as crianças, por exemplo, as com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Antes, estes pacientes ficavam em fila de espera para avaliação no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS-i). Agora, passarão primeiro pelo neuropediatra e para isso basta ter o encaminhamento da unidade básica de saúde, como todas as outras especialidades”, explica.
Outro destaque foi o início da realização dos procedimentos ginecológicos de baixa complexidade e que podem ser realizados em ambulatório. “Por não necessitar de internação hospitalar, eles constam na lista de pequenas cirurgias da Central de Especialidades”, acrescenta. “As pacientes com essa necessidade de atendimento, resolviam com o próprio ginecologista, ou eram encaminhadas para Curitiba. Havia também a possibilidade de abrir alguma vaga na região, mas era algo muito raro de acontecer”, disse Kathelli.
Acesso às especialidades – Os encaminhamentos vêm por meio da Atenção Primária em Saúde. “A porta de entrada destes novos serviços é pelo atendimento na unidade básica de saúde (UBS). Quando o profissional destes locais identifica a necessidade de um atendimento de especialista, encaminha a demanda para a Central [de Especialidades] para que seja realizada a avaliação e se tome as medidas necessárias”, concluiu.