Uma comitiva toledana participou, nesta terça-feira (21), do evento do Governo do Estado que lançou a consulta ao edital de leilão da Nova Ferroeste, a linha férrea que vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, com um ramal também para Santa Catarina, impactando diretamente 67 municípios. A contraprestação mínima, o chamado lance inicial, é de R$ 110 milhões, valor que será revertido integralmente para a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A., administradora do atual trecho em operação. A ação aconteceu no Palácio Iguaçu.
De Toledo, participaram o prefeito Beto Lunitti, que no ato representou também a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), o secretário de Planejamento, Habitação e Urbanismo, Neuroci Frizzo, e o procurador geral do município, Mauri Refatti. Conforme Lunitti, a obra vai transformar a logística da região Oeste do Paraná e Beto destacou e reconheceu o trabalho realizado pelo Governo do Paraná. “Vai certamente melhorar o desempenho logístico e o escoamento da produção dos estados, baixando o custo e deixando nossos produtos mais competitivos no mercado”, comentou.
O gestor ainda frisou que Toledo espera ser contemplado com um terminal multimodal para embarque e desembarque de cargas, pois o traçado da linha férrea passará pelo território municipal. “Além da movimentação de cargas, diminuindo o custo de transporte, uma unidade deste porte gera emprego, renda e demais benefícios atrelados à estrutura. Temos demanda para isso. Esperamos que os investidores entendam desta forma e estamos trabalhando no convencimento desta oportunidade”.
Para a sensibilização acerca da importância deste terminal, ainda em 2021, a Prefeitura de Toledo realizou um evento com diversas autoridades para demonstrar a potencialidade da região e também a viabilidade da implantação da estrutura.
Ferroeste – O governador paranaense Ratinho Júnior destacou que a ferrovia que corta o Paraná é essencial para a transformação do Estado em hub logístico da América do Sul. “Conectaremos Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e, com o ramal de Foz do Iguaçu, também o Paraguai. Isso viabiliza a ligação férrea com a Argentina e Chile, até Antofagasta, criando o corredor bioceânico multimodal que vai ligar o Pacífico ao Atlântico, tendo o Paraná como protagonista”, destacou.
O investidor privado que arrematar a ferrovia será responsável pela construção do trecho completo, de 1.567 quilômetros, incluindo os ramais entre Foz do Iguaçu/Cascavel, Chapecó/Cascavel e Dourados/Maracaju. Porém, como forma de atrair mais investidores para o leilão, a cessão onerosa da Nova Ferroeste será subdividida em cinco contratos, sendo quatro de autorização e um de adesão.
A partir da divulgação do documento há um intervalo para receber contribuições da sociedade, o que vai até 15 de julho. A publicação oficial do projeto só acontecerá com a emissão da Licença Prévia Ambiental, prevista para o segundo semestre. É o que permite o pregão na Bolsa de Valores (B3). A previsão é que a concorrência ocorra ainda no segundo semestre deste ano e o valor total da obra deve girar em torno de R$ 35 bilhões.
Da Redação, com informações da AEN Notícias