Atendendo demandas levantadas pela Conferência da Juventude de 2023, a Secretaria de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano (SMDH), por meio dos centros da juventude (CJUs), oferta atividades nos distritos por meio do projeto intitulado CJU Itinerante. Inicialmente são oferecidas atividades de vôlei misto (feminino e masculino) para os adolescentes e jovens entre 12 e 29 anos, atendimentos com psicólogo, Passe Social, matrículas para cursos e outros atendimentos direcionados à juventude.
A comunidade de Novo Sarandi foi a primeira a receber a equipe do Centro da Juventude Mariana Luiza Von Borstel (CJU/Coopagro). Os atendimentos são realizados todas as quartas-feiras no período da manhã, a partir das 9h. A equipe já estuda a possibilidade do atendimento ser estendido para o período da tarde.
A coordenadora do CJU/Coopagro, Pâmela Ritter, relata que esse projeto acaba sanando a necessidade de muitos jovens da comunidade que buscavam outras alternativas de lazer. “A ideia é, gradualmente, ampliar esse atendimento para outros distritos”, informou Pâmela.
Em Novo Sarandi, o atendimento do CJU Itinerante teve início no dia 6 de março, quando já haviam 13 jovens inscritos para as atividades. O próximo a receber o serviço será o distrito de Vila Nova. “Estamos ajustando os detalhes e em breve vamos divulgar qual o dia da semana a comunidade será atendida”, complementa a coordenadora.
De acordo com o diretor de Infância e Juventude, Wellington Silveira, apesar da ação iniciar com atividade esportiva, o objetivo do CJU Itinerante não se resumirá a isso. “A ação objetiva aproximar os jovens das comunidades do interior do CJU, que é um espaço de convivência, formação e de cidadania, ampliando a rede de proteção dos adolescentes e jovens do município. Com esta ação, o Poder Público favorece a formação pessoal e coletiva, além do desenvolvimento do protagonismo jovem”.
Davi Henrique de Freitas Pereira (13) despertou o interesse por uma modalidade esportiva em virtude da oferta do CJU Itinerante. “Estou gostando muito do treino de voleibol e peço que continue, porque está sendo uma evolução para nós. Eu só praticava na escola, mas como os treinos aqui são perto de casa facilitou bastante”, afirma Davi.
Para Ketlin Eduarda Martins Pinheiro (14), ser próximo de casa foi fundamental. “Achei muito bom que veio um projeto novo pra cá. Não seria possível a gente treinar se não fosse assim, pois muitos daqui não conseguem ir para o centro. Então foi muito bom mesmo”, avaliou Ketlin.
Gilson Gabriel do Santos Cesáreo (16) gosta de jogar futebol e foi para o projeto a convite dos amigos. O clima descontraído e as piadinhas fazem parte da rotina dos adolescentes enquanto rolam os treinos. “Eu sou muito bom, melhor que os piás aí, então tenho que carregar o time nas costas, mas esses que estão aí dá para o gasto, dá para jogar”, ironizou Gilson. Ele também elogiou a qualidade do treinador e a estrutura disponibilizada. “Melhor do que no colégio, a rede, as bolas, lá não dá tempo de ensinar muita coisa, aqui tem que continuar, eu gostaria que tivesse futsal, mas se me chamarem para jogos de vôlei eu vou também”, garantiu Gilson.