*Texto atualizado às 13h22
Os fortes temporais que se abateram sobre o Rio Grande do Sul desde o início da semana geraram cenas inéditas de destruição, causando estragos em cerca de um em cada três municípios gaúchos. Até esta sexta-feira (03), a Defesa Civil já registra pelo menos 32 mortos, além de 60 desaparecidos, centenas de pessoas ilhadas e milhares de desabrigados, em praticamente todo o Estado.
Uma das regiões mais atingidas é a do Vale do Taquari. O Rio Taquari atingiu o maior nível da história ao ultrapassar a marca de 31 metros na madrugada de quinta-feira (2). O recorde anterior era de 29,9 metros, registrado em 1941. O nível também ultrapassa o das enchentes de setembro de 2023, que chegou a 29,5 metros. Os municípios mais afetados são Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado. Agora, o Rio Guaíba também começa a subir e atinge a capital gaúcha.
Essa tragédia atinge os gaúchos apenas oito meses depois das inundações de setembro de 2023, que produziram um verdadeiro estrago e causaram 50 mortes. Diante da situação, movimentos solidários começam a surgir na comunidade toledana. Diante do fato, a articulação entre Prefeitura, Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT), as lojas do Recanto do Gaúcho, os Centros de Tradição Gaúcha (CTG’s) de Toledo e entidades da sociedade organizada vai auxiliar na mobilização para ajudar os municípios impactados.
Por meio de contatos com toledanos que têm parentes e amigos no Rio Grande do Sul, o prefeito Beto Lunitti fez, entre quinta e sexta-feira, contatos telefônicos com prefeitos de vários municípios. “Temos os nossos próprios problemas, mas precisamos ajudar os nossos irmãos do Rio Grande do Sul. Nossos vínculos com o povo gaúcho são históricos e ainda muito presentes e sólidos. É hora de sermos solidários”, disse Lunitti, lembrando que todas as arrecadações realizadas em Toledo serão encaminhadas para um depósito central em Passo Fundo, de onde serão direcionadas para onde houver maior necessidade.
Prejuízos são incalculáveis, pois afetam, além da vida e das posses materiais das pessoas, também a produção agrícola, com o vasto alagamento de áreas plantadas, fazendo prever que os efeitos negativos sobre a vida das pessoas e da economia gaúcha se façam sentir por bastante tempo. A mobilização é permanente e busca diminuir a perda das famílias atingidas, bem como apoiar o seu processo de recuperação.
O que doar?
Itens de limpeza e utensílios – vassoura, baldes, escova, saco de lixo, esponja, sabão em pó, detergente, água sanitária, desinfetante, pás, enxada, martelo, carrinho de mão, pregos, lonas, botas e luvas de borracha e máscaras.
Itens de higiene pessoal – toalha de banho, cobertores, travesseiros, fraldas (tamanhos RN, PP, P, M, G, GG, XG, XGG), fralda geriátrica (tamanhos PP, P, M, G, GG, XG, XGG), creme dental, escova de dente, absorventes de todos os tamanhos inclusive noturnos, lenços umedecidos, xampu, sabonete, papel higiênico e pomada.
Alimentos – leite, água, açúcar, arroz, bolacha maria, café solúvel, farinha, feijão, massas, óleo de soja e sal.
Onde entregar?
Os CTG’s não definiram um horário de atendimento, pois seus integrantes têm atividades como trabalho e outras situações. Neste caso, as arrecadações serão internas e junto à comunidade e após serão encaminhadas aos pontos de coleta. As doações voluntárias podem ser entregues nos seguintes locais:
- Certis Coopagro e Pioneiro
- Centros da Juventude do Jardim Europa e Coopagro
- Unidade Social São Francisco
- Paço Municipal Alcides Donin
- Lojas Recanto do Gaúcho do Centro e do Shopping Panambi
- Guarda Municipal
- Biblioteca Pública Centro
- Casa da Cultura
- Centro Cultural Ondy Hélio Niederauer
- Centro de Eventos Ismael Sperafico (para grandes volumes)
A Prefeitura de Toledo também disponibilizou os telefones 153 e 156 para esclarecer as dúvidas de quem quer contribuir com a campanha.