Pelo 11º ano consecutivo, Toledo ostenta a condição de maior produtor de alimentos do Paraná, liderando o ranking estadual do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), que representa a soma do faturamento das propriedades rurais instaladas no território do município. De acordo com os dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (19) pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) divulgado no começo da noite desta quarta-feira (21), este montante chegou a R$ 4.592.013.664,21 na safra 2022/2023, um aumento de 7,02% em relação ao período anterior.
Novamente, os carros-chefe do VBP foram as cadeiras produtivas da suinocultura e da avicultura, com movimentação, respectivamente, de R$ 1.800.264.964,26 (39,20% do total) e R$ 1.085.286.839,22 (23,63%). Principais componentes da ração que alimenta frangos e porcos, os grãos também ocupam papel de destaque, com 230.584 toneladas de soja faturadas por R$ 503.404.071,28 (10,96%) e 685.400 toneladas de milho comercializadas por R$ 411.294.982,00 (8,96%).
O prefeito Beto Lunitti entende que o resultado do VBP é a vitória de um conjunto de ações voltadas aos produtores rurais. “É momento de celebrar e parabenizar o homem e a mulher do campo, com seus saberes aplicados dentro da propriedade, movimentando várias cadeias econômicas e fazendo de Toledo o maior produtor de alimentos do Paraná. Soma-se a isso as ações promovidas pelo poder público, que, em nível municipal, dá guarida ao agronegócio em diversas questões, como a questão da infraestrutura das estradas rurais”, salienta. “Temos um ecossistema integrado, com produtores de grãos fornecendo insumos para os produtores de proteína animal, que é processada por aqui e rende muitas divisas para Toledo, com itens sendo exportados para mais de 170 países. Tudo isso nos coloca numa situação que requer muita responsabilidade na condução das políticas públicas do agronegócio, pois neste setor somos vistos como referências pelo Brasil e pelo mundo”, observa.
Para o secretário do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Diego Bonaldo, a liderança de Toledo no VBP em nível estadual também se deve a vários fatores. “Por detrás destes números está o trabalho de milhares de pessoas que, ao longo da nossa História, têm conduzido suas propriedades com excelência, diversificando sua produção. Por termos como característica o minifúndio, desde o início da colonização, temos um contingente expressivo de produtores que se dedicam diariamente para aumentar a produtividade, o que nos tornou referências em várias culturas, como a de suínos, aves, gado leiteiro e tilápia. Em Toledo, esta produção é escoada por estradas rurais de alta qualidade, sendo que mais de 400 quilômetros delas estão asfaltadas. Na ponta, isso representa ganhos de produtividade tanto para o agronegócio quanto para as agroindústrias, que não sofrem com atrasos na entrega dos produtos que vêm do campo”, detalha.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Agropecuário e Abastecimento, da Secretaria do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico, João Luis Nogueira, o cenário internacional contribuiu para o bom resultado de Toledo no VBP. “Neste período pós-pandemia, o preço de boa parte das commodities aumentou consideravelmente. Nossa produção de grãos foi impactada positivamente por este quadro, com resultados que se somam às cadeias produtivas da proteína animal. Merecem todos os aplausos o homem e a mulher do campo, que continuaram trabalhando em meio às adversidades, seja a Covid-19 ou o clima seco, que prejudicou a safra do milho”, saúda. “Vale destacar também a performance das nossas propriedades. Enquanto alguns municípios registraram queda no Valor Bruto da Produção Agropecuário de um ano para o outro, o de Toledo registrou crescimento expressivo, aumentando nossa distância para o segundo colocado do ranking”, comenta.
Top 10 – Este levantamento de VBP é realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab desde 1997 e, desde então, Toledo ficou em primeiro lugar no âmbito estadual em 25 oportunidades, sendo desbancada por Castro somente em 2009 e 2012. O município dos Campos Gerais aparece na segunda posição deste ranking, com Valor Bruto de Produção Agropecuária de R$ 3.907.757.408,25 (R$ 684.256.255,96 a menos que a Capital Paranaense do Agronegócio) – o pódio é completado por Cascavel (R$ 3.810.423.495,67).
Outros três municípios da área de abrangência do escritório local da Seab estão entre os dez maiores VBP do Paraná: Santa Helena (4º, R$ 2.508.356.885,13), Marechal Cândido Rondon (7º, R$ 2.244.185.087,22) e Assis Chateaubriand (9º, R$ 2.046.357.891,30). Guarapuava (5º, R$ 2.477.491.080,79), Carambeí (6º, R$ 2.299.037.139,49), Dois Vizinhos (8º, R$ 2.067.701.541,70) e Tibagi (10º, R$ 1.843.662.763,82) fecham o “Top 10” que responde por 13.57% do VBP do Paraná, que chegou à marca de R$ 197,8 bilhões.