Segundo Ortigara “já passou o tempo da evolução. Essa doença foi sendo reduzida a pó ao logo de 50 anos. O último episódio no Paraná foi em 2005 que nos custou bilhões de reais. Já não temos evidência de circulação viral no Brasil nem na América do Sul há algum tempo e mesmo assim praticamos a vacinação de uma doença que não existe mais. A retirada da vacinação é um momento importante e aumenta a responsabilidade de todos. 100% das propriedades rurais já estão georreferenciadas como ferramenta de vigilância”, defendeu o secretário de Estado.
Para Schiavinato, “a retirada da vacina é parte do processo de reconhecimento do Paraná como área livre aftosa sem vacinação, status que irá contribuir para que os produtos da pecuária estadual alcancem mercados internacionais mais exigentes e que pagam melhor. Estamos seguros de que o processo de consolidação do sistema sanitário do Paraná se construiu ao longo de décadas”.
Segundo Bruno Cotta Diretor Substituto do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Diego Viali: Chefe da Divisão de Febre Aftosa do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários do MAPA a Análise de Custo e Benefício (ACB) realizada no Paraná em 2010 demonstrou que em 20 anos, o impacto econômico pode chegar a R$ 1,5 bilhões com a nova condição sanitária.
A redução ao produtor do custo com vacinação obrigatória seria imediata. Atualmente, no Brasil, são utilizadas aproximadamente 330 milhões de doses, representando um custo aproximado de R$ 500 milhões. Apenas no Paraná o custo chega a R$ 40 milhões com a vacina.
Luciane de Cássia Surdi, presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) representando a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina expôs a trajetória para consolidar o estado como o primeiro a conseguir a condição. O Rio Grande do Sul não enviou representante, apesar de também reivindicar a certificação.
A reunião esclareceu pontos sobre o fim da
vacinação contra a febre aftosa, principalmente no Paraná e foi
veementemente defendida pelo secretário Norberto Ortigara.
O Paraná segue para ser o segundo estado brasileiro livre da febre
aftosa sem vacinação. É o que afirma o secretário de Agricultura do
Norberto Ortigara em
audiência pública realizada na Câmara dos Deputados na última terça-feira, 8. O debate foi proposto pelos deputados federais
Schiavinato (Progressistas/PR) e
Jerônimo Goergen (Progressistas/RS) e presidida pelo parlamentar paranaense.