Uma das premissas básicas antes de um médico receitar o tratamento para seu paciente é diagnosticar com o máximo de precisão qual a enfermidade do mesmo. Só assim, é possível realizar os encaminhamentos e cuidados adequados. Como os sintomas da Covid-19 são similares a de outras síndromes respiratórias, realizar a testagem para confirmar se o caso é positivo se torna fundamental.
Nesse sentido, Toledo se destaca de outros municípios e até mesmo dos índices estaduais e nacional. Até a última quinta-feira (16) já haviam sido computados a realização de 14.342 exames, somados os Testes Rápidos e por RT-PCR no município. Se considerarmos os exames em fase de lançamento no Boletim, chegamos a praticamente 11% da população.
Ao fazer o comparativo por milhão de habitantes, Toledo realizou proporcionalmente 101.980 exames por milhão, enquanto a cidade vizinha, Cascavel, que também tem um número alto de testagens tem um índice aproximado de 26.655 testes por milhão de habitantes, conforme dados preliminares até 11 de julho, fornecidos pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVIEP) daquele município.
Estado
Na Rede Pública e laboratórios credenciados, registrados no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) onde constam os dados do Estado, estão registrados a realização de 184.065 testes do tipo RT-PCR. Segundo o Diretor Geral da Sesa, Nestor Werner Júnior, a Secretaria de Estado distribuiu 407.989 testes sorológicos aos municípios.
O Estado do Paraná já testou aproximadamente 2% da população, enquanto no Brasil esse índice não chega a 1%. Os dados recolhidos até o dia 10 de maio pela Worldometers apontava a Espanha (52.781), seguida de Portugal (50.767) e Bélgica (48.846) como os países que apresentavam o maior número de testagem no mundo. Proporcionalmente, Toledo apresenta o melhor índice de testagem se comparado com esse cenário.
“Nós temos uma soma de esforços, nós temos exames feitos pelo setor público, pelo setor privado e na saúde suplementar. Assim conseguimos testar bastante e isso é fundamental. Você não consegue dar respostas adequadas para nenhum problema de saúde sem ter a real dimensão do problema. Quantificar esse problema e conhecer essa realidade é fundamental no sentido de adequar as ações de acordo com a realidade local, no sentido de trazer aquilo que é mais adequado para a população como um todo”, avaliou o Médico do COE, Fernando Pedrotti.