A Secretaria de Saúde e o Centro de Operações Emergenciais (COE) divulgaram essa semana a evolução da pandemia do novo coronavírus e o alerta para a Bandeira Vermelha, indicando que o município está numa situação de alto risco para a Covid-19. O Decreto Nº 918/2020 volta a impor restrições no sentido de melhorar o combate à pandemia.
Uma das estatísticas divulgadas esta semana é o perfil dos 50 óbitos registrados até o dia 08 de setembro em decorrência da Covid-19 em Toledo. A maioria deles, 70%, são de idosos com mais de 60 anos de idade. A média é de exatos 68 anos.
Entre os homens, foram registrados oito óbitos acima dos 80 anos, oito entre 70 e 79 anos, três entre os 60 e 69 anos, três entre os 50 e 59 anos, quatro entre os 40 e 49 anos e um entre os 30 e 39 anos.
Já entre as mulheres, foram registrados nove óbitos acima dos 80 anos. Entre 70 e 79 anos foi a maior diferença, entre os gêneros, pois elas registraram dois óbitos. Nas demais faixas etárias foram cinco entre os 60 e 69 anos, dois entre os 50 e 59 anos, três entre os 40 e 49 e dois entre os 30 e 39 anos.
Como em geral esse público já está circulando menos, os cuidados com as pessoas contactantes devem ser redobrados. Se considerarmos o tipo de contágio, 96% dos casos que evoluíram para óbito contraíram a doença por meio de transmissão comunitária (54%), domiciliar (26%) ou desconhecida (16%).
Perfil Jovem
Se considerar o perfil dos novos casos positivos para Covid-19, entre 26 de julho e 31 de agosto de 2020, a maioria das pessoas contaminadas (80,5%) estão na faixa etária entre 20 e 59 anos de idade.
A Médica da Comissão Técnica em Saúde, Gabriela Kucharski, disse que a maior preocupação é com os jovens que convivem com idosos dentro de casa. “Ele precisa pensar bem antes de frequentar uma balada ou um lugar com aglomeração, principalmente onde as pessoas não se cuidam adequadamente”, alerta a médica.
Essa é uma preocupação compartilhada por vários profissionais de saúde: é de que as pessoas que estão contraindo o vírus são aquelas economicamente ativas, na idade adulta, com a saúde mais estabilizada. Porém, elas acabam sendo transmissoras do vírus para os familiares e pessoas de idade mais avançada.
Manter isolamento permite sair de casa
A Médica Gabriela Kucharski explica, principalmente ao público idoso, sobre as possibilidades de manter o isolamento e o distanciamento social, sem necessariamente se trancar dentro de casa. Ela reforça que ficar em casa é a melhor opção para se isolar contra o coronavírus.
Mas para que a pessoa possa manter hábitos saudáveis e evitar condições que prejudiquem a saúde mental, pôde-se manter a prática de exercícios, se repor ao sol e ao ar livre
A prática de caminhadas, por exemplo, pode ser realizada, porém é necessário saber aplicar as medidas educativas orientadas pelas autoridades para prevenir a transmissão do novo coronavírus. “Existem formas de relaxar o isolamento social sem entretanto precisar ficar o tempo todo em casa. Mas para isso é necessário evitar aglomerações. Para fazer uma caminhada e pegar um sol não é necessário ir até a ciclovia do Lago ou de um parque público, isso pode ser feito no próprio bairro, dando uma volta na quadra. Basta escolher um horário que não tenha tanta gente na rua, além de ser imprescindível o uso de máscara. O mais importante é manter o distanciamento e evitar aglomerações”, explica a médica.
Ela reforça que essa caminhada é importante para a saúde do idoso. Gabriela também fez alguns apontamentos sobre algumas regiões do município onde o público idoso deve se preocupar.
“Aumentou o número de casos na região do Centro, no interior e na Industrial. Foram os três locais que aumentaram o número de casos, principalmente de idosos na última semana. Por isso, é necessário reforçar os cuidados”, acrescenta.