Faltando oito dias para o fim de setembro, Toledo atingiu, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem (21), a marca de 1.211 casos confirmados de Covid-19, número que já supera ao registrado em todo o mês de agosto (1.053). Embora a taxa de letalidade tenha caído mais de 34% (de 1,42% para 0,94%), este dado confirma que a pandemia não acabou e que os cuidados devem ser mantidos, pois o novo coronavírus (Sars-Cov-2) continua sendo altamente contagioso e letal, sobretudo com os mais idosos.
Dos 11 óbitos ocorridos com moradores do município em setembro, nove tinham mais que 60 anos, uma média de 71,1 anos – este público responde por 38 das 54 mortes causadas pela doença em Toledo (média de 68,2 anos). “Não podemos nos esquecer, em momento algum, que as vidas que estão sendo perdidas para a Covid-19 não são meramente números. É uma história interrompida, são familiares que lamentam a perda de um ente querido, uma morte que, com tudo que já se conhece hoje, é perfeitamente evitável”, observa a médica do Comitê Técnico do Centro de Operações Emergenciais (COE) Gabriela Kucharski.
A secretária de Saúde, Denise Liell, convoca a população a permanecer vigilante quanto à prevenção ao novo coronavírus. “Compreendemos que todos estão ansiosos para que a pandemia fique no passado, mas até lá é necessário que os cuidados continuem. Graças às ações do poder público e do empenho de empresas e cidadãos, Toledo tem obtido importantes avanços no combate à Covid-19, porém o momento epidemiológico ainda inspira cuidados”, analisa. “Vale lembrar que ainda não há tratamento ou vacina eficaz contra a doença causada pelo novo coronavírus. Por isso, a atenção em relação ao novo coronavírus deve permanecer, mesmo quando existem algumas flexibilizações no funcionamento das empresas”, pontua.
O porta-voz do COE, o médico Fernando Pedroti, adverte que os cuidados adotados desde o início da pandemia – higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel várias vezes ao dia, evitar aglomerações, arejar ambientes fechados, usar máscara corretamente (cobrindo boca e nariz), cobrir estes órgãos ao tossir ou espirrar – precisam ser mantidos. “São ações simples que ajudam a impedir que este vírus de alta contagiosidade volte com mais intensidade”, alerta.
