As altas temperaturas do mês de dezembro e o clima seco interferiram no desenvolvimento e na produção da safra de verão na região de Toledo. Segundo dados mensais do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a produção já foi reduzida neste mês para 1.620.233 toneladas, 12% de redução.
Na Regional de Toledo, a área de soja safra 2023/24 corresponde a 491.300 hectares. A expectativa inicial de produtividade era de 3.750 quilos por hectare, cerca de 1.842.265 toneladas.
De acordo com o técnico do Deral Paulo Oliva, as lavouras plantadas no início da safra apresentaram excelentes resultados, já aquelas que foram semeadas posteriormente tiveram uma queda gradativa. “A produção neste mês já foi reduzida em 12% e, em virtude da antecipação, os produtores já estão iniciando a semeadura do milho almejando realizar uma boa safra para equilibrar as contas”.
A colheita da soja evolui para 47% da área destinada ao grão e está prevista para encerrar até metade do mês de fevereiro. Também em fevereiro, as lavouras serão reavaliadas e ao final do mês um novo relatório irá apresentar as condições atualizadas da safra.
SAFRINHA – Em relação ao milho segunda safra, a área destinada ao grão na Regional de Toledo é de 453 mil hectares. O plantio acontece mediante a colheita da soja, devido ao adiantamento da safra. “Já foram semeados 18% dessa área e com melhor condição de plantio, os trabalhos serão acelerados. Ou seja, os produtores vão intensificar em busca de uma boa safra”, complementa Oliva.
Segundo dados da Seab, a previsão da segunda safra de milho é colher 3.103.050 toneladas. “Como o plantio está um mês adiantado, tudo indica para uma termos uma boa produção”, cita Oliva. No campo, 70% da área plantada está em estado de germinação e 30% no estágio de desenvolvimento.
ESTADO – A Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) na quinta-feira (25) é de 22,1 milhões de toneladas, 15% a menos que os 25,5 milhões estimados na primeira projeção de plantio no Paraná, feita em agosto de 2023.
A principal cultura desse período é a soja. Para ela há uma revisão para baixo tanto em área quanto em produção. A intenção dos produtores paranaenses era semear 5,8 milhões de hectares. No entanto, fechou com pouco mais de 5,7 milhões (0,5% a menos). Em produção, passou de 21,8 milhões de toneladas potenciais para 19,2 milhões de toneladas. Queda expressiva de 11,9%.
O milho de primeira safra paranaense também sente as más condições climáticas. De uma previsão inicial de 2,9 milhões de toneladas, fruto de plantio em 309 mil hectares, agora reduziu-se para 2,6 milhões de toneladas (10,3% a menos). A área plantada foi redimensionada para 291,5 mil hectares (5,6% menor).
“Essa é uma safra pequena no Paraná em comparação com a segunda safra, para a qual estão previstos 14,5 milhões de toneladas, e até agora há boa expectativa produtiva”, acentuou o analista de soja do Deral, Edmar Gervásio. As chuvas observadas nos últimos dias têm ajudado para que o plantio seja realizado em condições ideais. A semeadura deve se fortalecer a partir de fevereiro.
Com informações da AEN*