Bolsistas do Circo da Alegria e Circo da Magia passam por formação

Proposta é mostrar a função social do circo, além de conteúdo para planejamento pedagógico aos possíveis futuros instrutores

Alunos que atuam como bolsistas no Circo da Alegria e no Circo da Magia em Toledo passaram por um dia inteiro de formação nesta quinta-feira (02). Ao todo, 20 bolsistas do projeto “Respeitável Público” participaram do primeiro treinamento realizado com integrantes dos dois projetos que atuam na área circense no município. Segundo a coordenadora pedagógica do Circo da Alegria, Paula Bombonato, é fundamental que entedam a função social do circo. 

“Apesar de atuarmos dentro de duas escolas e estarmos ligados atualmente à Secretaria da Educação, não deixamos de realizar o trabalho social vinculado à Secretaria de Assistência Social. Então decidimos trabalhar esses conceitos com essa turma. O educador social, o instrutor, aqui temos nomes diferentes, mas o importante é como usamos o circo para desenvolver a cidadania e a transformação social do cidadão. Isso tudo está na rotina, não tem um momento especial para trabalhar isso. Nosso objetivo é trabalhar a formação do bolsista, pois o Respeitável Público coloca ele na condição de um auxiliar, futuramente pode se tornar um servidor ou desenvolver outros projetos. E outro passo importante é a união do Circo da Alegria e da Magia, desta forma conseguimos avançar as questões pedagógicas juntos”, explica Bombonato. 

Segundo o coordenador do Circo da Alegria, Dado Guerra, o circo muda a vida das pessoas e da comunidade no seu entorno, porém, para quem atua diretamente no projeto, principalmente na gestão das atividades, precisa fazer uma reflexão que vai além da execução dessas atividades. “Existe todo um trabalho metodológico que precisa ser discutido, que precisa ser planejado. Nós trouxemos informações relevantes sobre o processo ensino-aprendizagem de circo social, mostramos pra eles como trabalhar conteúdos nas oficinas que vão além do circo, que vão complementar a formação deles. Para ser um educador é preciso dedicação, é preciso se adequar em cada espaço e com os recursos que estiverem disponíveis”, acrescenta Dado. 

A preocupação da equipe é formar pessoas dedicadas e comprometidas com os processos educativos de qualidade. “É circo, mas não é palhaçada. É sério, tem conteúdo, tem matéria, tem atividades que são desenvolvidas, tem avaliação, é uma série de coisas que acontece por trás do circo que vai fazer a diferença e isso precisa ser bem feito, é esse olhar que queremos levar para eles”, pontua o coordenador, Dado Guerra. 

A bolsista Greicielly dos Anjos Josino (15) faz aula de circo há 10 anos e está entre uma das alunas selecionadas pelo programa Respeitável Público. Ela relata um pouco da sua experiência de forma bem positiva. “Estou aprendendo a desenvolver as minhas habilidades como aluna e até como professora. Estou desenvolvendo a minha forma de conversar com as pessoas, de ensinar o que eu aprendi, o que foi ensinado pra mim e estou aprendendo a convivência na sociedade”, conta a jovem. 

Para ela, o circo é a segunda casa. “É minha família, meus parentes sem ser de sangue e uma forma de desenvolver minhas habilidades. Já desenvolvi bastante coisa na minha vida por conta do circo. Todas essas vivências somam nos motivos de querer ser uma instrutora de circo”, salienta Greicielly.

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