6ª AULA: TOLEDO DEBATE COM NRE SOLUÇÕES PARA TRANSPORTE ESCOLAR

Representantes da Prefeitura de Toledo e do Núcleo Regional de Educação (NRE/Toledo) reuniram-se na tarde desta sexta-feira (28) para debater alternativas para um problema que impactará diretamente na vida dos estudantes residentes no interior que iniciam o Ensino Médio (convencional ou técnico) neste ano. A partir de 2022, eles passam a ter uma aula a mais todos os dias, com o turno encerrando às 12h30, bem depois das demais turmas, e o encontro no Paço teve o objetivo de minimizar os contratempos que esta ampliação na grade curricular acarretará na rotina dos alunos e também nos cofres públicos, visto que inevitavelmente será preciso destinar mais recursos para o transporte escolar.

Segundo o NRE, 81 estudantes de quatro colégios (Castelo Branco/Premen, Luiz Augusto Morais Rego, Jardim Porto Alegre e Dario Velloso) encontram-se nesta situação. Na primeira das duas opções apresentadas pelo NRE, os estudantes do interior fariam o mesmo horário que os demais colegas de 1º ano de Ensino Médio e os do Luiz Augusto Morais Rego seriam levados até o Premen, da onde partiriam os ônibus e vans para diferentes destinos – a ida seria feita com as rotas que já vem sendo praticadas desde o ano passado, mas, para o retorno, 18 novas rotas teriam de ser abertas. Na segunda opção, esses 17 cumpririam os cinco horários do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), mas, uma tarde por semana, fariam a reposição das sextas aulas que perderam numa contraturno à tarde e após seriam levados em pequenos grupos até os pontos em que desembarcam.

O prefeito Beto Lunitti pediu para que NRE e Secretaria Municipal da Educação (Smed) avaliem de forma conjunta a viabilidade logística e financeira destes cenários para que uma decisão seja tomada até quarta-feira (2/2). “Com esses números em mãos, teremos condições de escolher qual opção é a melhor. A partir disso, em ritmo de urgência, será possível fazer o termo de referência e elaborar o edital para contratar as empresas que farão as novas rotas. Todo este processo costuma levar em torno de 60 dias, mas queremos dar um caráter de urgência a este certame para que seja concluída o quanto antes possível”, salienta. “O retorno às aulas é neste dia 7 e estes estudantes ficarão por algumas semanas sem poderem assistir à sexta aula para não perderem o transporte de volta para casa. Ainda que os colégios se comprometam a repor a carga horária perdida, temos que fazer de tudo para que o prejuízo destes adolescentes seja o mínimo possível”, pontua.

Boa parte do aumento na rubrica do transporte escolar será arcada pelo município, mas Beto pediu ao chefe do NRE, José Carlos Guimarães, que interceda em favor de Toledo junto ao Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) para aumentar os repasses do Governo do Estado para esta finalidade, pelo menos 50% do valor que será majorado em função da mudança na grade curricular do Ensino Médio. “Para alguns municípios a fundação já chegou a propor R$ 3.800,00 anuais por aluno. Para a realidade de Toledo talvez não seja o suficiente, mas vamos trabalhar para ao menos conseguirmos esse valor”, assegurou José Carlos. “Os gestores da educação pública estão enfrentando desafios gigantescos nos últimos anos e a pandemia apressou várias mudanças que estavam em curso. O ‘Novo Ensino Médio’ é mais uma situação na qual precisamos nos reinventar e, infelizmente, vamos ter que aprender a fazer enquanto estamos fazendo, pois a sucessão de novidades nos impede de planejar com a antecedência que precisaríamos”, analisa.

Amop

A implantação da sexta aula nas turmas de 1º ano do Ensino Médio está sendo acompanhada de perto pela Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), na qual tem em Beto Lunitti ocupa a 2ª vice-presidência. Em encontro realizado na sede da entidade, em Cascavel, na manhã desta quinta-feira (27), com a presença de 37 prefeitos e vice-prefeitos da região apresentaram esta questão ao secretário de estado da Educação, Renato Feder, que participou virtualmente do encontro. “Esse é um grande desafio que a educação está enfrentando, porém trata-se de uma decisão que vem de cima pra baixo. Após as orientações recebidas do secretário Feder, situações pormenorizadas serão discutidas em nova reunião agendada para a quinta-feira da semana que vem, em Curitiba”, destaca o presidente da Amop e prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos. 

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