O
prejuízo financeiro ainda não foi calculado, mas estima-se que seja próximo a R$ 700 mil
Gestores
e servidores do município trabalham para dimensionar os impactos do incêndio que afetou a Central de Triagem e Coleta Seletiva de Resíduos, localizada no Aterro Sanitário de Toledo, no último sábado (26). Na manhã desta segunda-feira (28) ainda havia focos
para serem controlados. Além da preocupação ambiental e econômica, a Prefeitura estuda medidas para minimizar o impacto social causado pelo sinistro.
Cerca
de 26 famílias que realizavam trabalhos pela Associação dos Catadores de Materiais Reciclados de Toledo na Central de Triagem foram surpreendidas com a notícia do incêndio. A maioria depende exclusivamente dessa fonte de renda.
“Não
temos palavras pra expressar o sentimento de hoje. Nossas famílias dependem disso aqui [Central de Triagem]. A gente fica sem chão, logo agora que o barracão tava ficando bem arrumadinho acontece esse incêndio. É muito triste, mas eu creio que logo essa situação
será resolvida”, desabafou a Presidente da Associação, Sebastiana Correia dos Santos de Carvalho.
Contratação
O
Secretário de Meio Ambiente, Neudi Mosconi, esteve reunido com outros secretários durante o dia para encontrar soluções para os problemas causados. Ele e o Prefeito Lucio de Marchi já haviam anunciado que as famílias afetadas não seriam desamparadas pelo Poder
Público.
Juntamente
com o Secretário de Administração, Moacir Vanzzo, Mosconi informou que existe a possibilidade, amparada na Lei 8.666/93, de contratar os serviços dos catadores. “Se fizermos uma contratação de serviços via dispensa de licitação, podemos contratar os serviços
executados pela Associação dos Catadores para que eles tenham a garantia de recursos para pagarem suas contas no final do mês”, apontou Mosconi.
Ele
lembrou que cada tonelada de resíduo que a Associação dos Catadores separa e encaminha para reciclagem é uma tonelada a menos de lixo que a prefeitura precisa pagar para a Transportec recolher. “Sem contar que esse lixo é jogado todo no Aterro Sanitário e
compromete a vida útil do mesmo”, explica Mosconi.
O
prefeito Lucio de Marchi ressaltou que “nenhuma família ficará desamparada pela prefeitura. Estamos trabalhando para que no menor prazo possível esteja tudo funcionando de novo. Para isso os secretários, vereadores e servidores estão envolvidos em uma ação
conjunta”.
Reforma da Central
Estima-se
que entre equipamentos, maquinários e materiais que foram destruídos, o prejuízo financeiro para a prefeitura gira entre R$ 600 mil e R$800 mil. Vários secretários estiveram reunidos no início da tarde para estudar o contrato com a empresa que estava responsável
em reformar o barracão da Central de Triagem.
A solução encontrada no contrato para esse tipo de situação depende do resultado de um novo orçamento. “Como já tínhamos um contrato de reforma da estrutura em andamento, já em fase de conclusão, a equipe de engenheiros da prefeitura e a empresa licitada fizeram uma avaliação do que será necessário reformar após o sinistro, caso o orçamento dessas necessidades seja menor que 50% do contrato vigente, nós poderemos fazer um aditivo e a mesma empresa dar sequência aos trabalhos sem a necessidade de uma nova licitação. Caso isso seja possível, ganhamos tempo para providenciar as intervenções necessárias”, explicou Mosconi.