Deputados querem esclarecer se houve privilégio nos empréstimos a empresas em contratos firmados no exterior
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito irá investigar se houve irregularidades em atos praticados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre os anos de 2003 e 2015.
A CPI foi instalada no final do mês de março. O presidente do colegiado, deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), explicou que o colegiado vai investigar se o banco privilegiou um grupo de empresas nos investimentos. Para Macris, é preciso esclarecer se houve benefício para o Brasil em transações com outros países.
Uma mudança no estatuto social do BNDES permitiu que a entidade financiasse a aquisição de ativos e investimentos realizados por empresas brasileiras no exterior, desde que contribuíssem para o desenvolvimento econômico e social do País.
O deputado federal Schiavinato (Progressistas/PR) é um dos membros e diz que espera muito trabalho dentro da CPI. “Será um estudo estritamente técnico, sem bandeira partidária, é preciso que contratos do passado feitos de maneira sigilosa ganhem a transparência necessária para que seja apurado se foram benéficos ou não para o Brasil e para que se punam eventuais desvios”, afirma Schiavinato.
A CPI será composta por 34 membros titulares e 34 suplentes e tem prazo de 120 dias para concluir seus trabalhos. O roteiro de trabalho deverá ser apresentado pelo relator na próxima terça-feira (02 abril).