Infelizmente, o novo coronavírus (Sars-Cov-2) voltou a circulação com força em Toledo nas últimas semanas. Um claro indício disso está no número de exames RT-PCR coletados no município pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na segunda quinzena de novembro.
O procedimento, o mais eficaz na detecção da Covid-19, foi realizado 1.056 vezes durante as semanas epidemiológicas 47 e 48 (15 a 28/11), um crescimento de 60% em relação às semanas 45 e 46 (1ª a 14/11), quando 660 exames foram realizados. Comparando os dois períodos, o número de pacientes que testaram positivo registrou um aumento ainda maior: 83%, saindo de 174 na primeira quinzena de novembro e 319 na quinzena seguinte e esse número tende a crescer consideravelmente, pois havia, até esta segunda-feira (30/11), 125 pessoas aguardando o resultado.
A taxa de positividade, proporção de pessoas que foram infectadas em relação ao total que fizeram o exame, também cresceu 14,61% nas duas últimas semanas inteiras de novembro: 30,21% (319 testes positivos de 1.056 realizados), quase quatro pontos percentuais acima da primeira quinzena do mês recém-encerrado: 26,36% (174 de 600).
Quem é testado?
Apesar de estar entre os municípios que mais testam sua população, Toledo segue um rigoroso protocolo da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) quanto às pessoas que podem ou não passar pela coleta de RT-PCR. “Desde o início da pandemia buscamos realizar os exames conforme o aparecimento dos sintomas: se estes começam a aparecer no paciente hoje, a gente marca o exame para dali dois ou três dias, pois só depois deste prazo o teste pode apresentar uma resultado mais próximo do real”, explica. “Muitas vezes as pessoas dizem não estar com os sintomas, mas tiveram contato com quem os tem e perguntam se mesmo assim podem fazer o exame. Respondemos que não, e que elas devem ficar atentas aos sinais e, caso apareça algum, volte a nos procurar. Afinal, se a pessoa realiza o procedimento antes da hora, podemos dar à pessoa uma falsa sensação de segurança”, observa. “O número expressivo de casos positivos que Toledo apresenta é porque buscamos encontrá-los e, a partir deste monitoramento, estamos seguros de que o protocolo para testagem em massa que adotamos tem impedido subnotificações e uma maior contaminação da população por este patógeno, o que, em última análise, preserva nosso sistema de saúde de um colapso e, principalmente, muitas vidas”, destaca.
Perda de olfato e/ou paladar e sintomas gerais de síndrome gripal (febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo, falta de ar, entre outros) estão entre os critérios que motivam a realização do RT-PCR, um exame que coleta material da mucosa da orofaringe por meio de um bastonete de 20 centímetros que é colocado quase que completamente dentro da narina e no começo da garganta, um pouco além do “céu da boca”. Trata-se de um procedimento invasivo e frequentemente doloroso e, para evitar que isso aconteça, é preciso que todos mantenham os cuidados de prevenção ao novo coronavírus adotados desde o início da pandemia: ficar em casa sempre que possível e sair só se for necessário, usando máscara que cubra totalmente boca e nariz; higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% várias vezes ao dia; não promover e não estar em meio a aglomerações; cobrir o rosto com lenço ou antebraço ao tossir ou espirrar; e procurar atendimento médico tão logo apareçam sintomas típicos da Covid-19.