O Setor de Controle e Combate às Endemias do Município de Toledo divulgou na tarde desta quarta-feira (28) os resultados do segundo Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LiraA) de 2021. Se no primeiro, em janeiro, havia criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya em 4,5% dos imóveis visitados, agora esta proporção é de apenas 1%, uma redução de 77,78% em três um pouco mais de três meses.
Entre a manhã de segunda-feira (26) e a tarde da terça-feira (27), as equipes do setor visitaram 2.029 imóveis da área urbana escolhidos mediante sorteio realizado por programa fornecido pelo Ministério da Saúde. Dos 56 bairros de Toledo, em 41 não foram encontrados criadouros do inseto; nos outros 15 os maiores índices foram registrados, em ordem decrescente, no Porto Alegre II (6,25%), Tancredo I (6,25%), Coopagro (5%), Santa Maria (5%), Croma II (4,20%), Europa I (4%), São Francisco II (2,80%), Fachini (2,30%), Panambi (2,20%), Paulista (2,10%), Boa Esperança I (2,10%), Pasquali (2%), Bressan (1,80%), Santa Clara IV (1,70%) e La Salle (1,70%).
Vasos de flor, baldes, lonas, ralos e tonéis foram os objetos com água acumulada mais encontrados durante as visitas do LirA. Segundo a coordenadora do Controle e Combate às Endemias, Lilian Konig, o resultado do levantamento representa um importante avanço na luta de Toledo contra a dengue, mas ainda pode ser melhorado. “O Ministério da Saúde preconiza o máximo de 1% para o LirAa. Portanto, estamos no limite do aceitável e podemos avançar neste aspecto, contando sempre com o apoio da população, que precisa manter limpos seus quintais, eliminando objetos em que a água pode ficar acumulada, o que cria as condições para o Aedes aegypti se reproduzir”, comenta.
Lilian avalia que a redução no número de imóveis flagrados com criadouros do mosquito é fruto de vários fatores, os quais permitem que Toledo tenha um baixo número de casos desde o início do atual ano epidemiológico, iniciado em 11 de agosto de 2020: 22 (19 autóctones e três importados). “Esse avanço é a soma de moradores mais conscientes e também da eficiência no trabalho realizado pelos nossos agentes de endemias, que estão muito comprometidos com o trabalho que fazem, arregaçando as mangas para Toledo não sofrer novamente com a dengue, como na epidemia que vivemos no ano passado. Devemos comemorar este resultado, mas os cuidados precisam ser mantidos”, destaca.