Em reunião ordinária realizada nesta terça-feira (14), no Auditório Acary de Oliveira, o Centro de Operações Emergenciais (COE) anunciou a manutenção da bandeira vermelha. A decisão está baseada nos dados epidemiológicos que apontam 385 novos casos e oito óbitos no período. Apesar de estável, o número é considerado alto. A expectativa com o avanço da aplicação de segundas doses a situação melhore.
De acordo com o diretor geral de Saúde, Fernando Pedrotti, apesar de mais de 97% da população já ter recebido a primeira dose, a imunização só se completa após a segunda dose do imunizante. “Existe a expectativa de que esses números melhorem com o avanço da vacinação. Não devemos nos esquecer de que o avanço no número de vacinados não vai fazer diminuir os contaminados, mas dará mais proteção em relação aos casos graves e óbitos”, explica.
Diante deste cenário, Pedrotti reforça a necessidade de manter as duas principais ferramentas para combater a pandemia, que são as medidas preventivas e a vacina. “Às vezes parece repetitivo, mas é necessário manter o uso correto da máscara, o distanciamento social, a lavagem cuidadosa das mãos várias vezes ao dia, evitar aglomerações e ambientes fechados”.
A preocupação se justifica pela presença da variante delta circulando no município. “Ela é duas ou três vezes mais transmissível e não podemos baixar a guarda, sob pena de que, vários avanços tidos até o momento possam vir ser comprometidos”, reforça.
Eficácia das vacinas – Um dado apresentado na reunião do COE chamou a atenção. Dos pacientes internados no Hospital Bom Jesus, 57% não tinham sido imunizados. “Se temos 97% da população vacinada, esses pacientes estão entre os 3% não vacinados, o que aumenta muito a chance de quem não se imunizou desenvolver a doença de forma grave”. O dado é fundamental e muito revelador. “É a eficácia da vacina, os resultados da imunização e risco que representa a pessoa não se vacinar”, frisa Pedrotti.
A segurança da vacina e a sua ação eficaz na diminuição de casos graves tem motivado mais pessoas a buscar o imunizante. “Ontem [segunda-feira, 13] tivemos a aplicação de 200 primeiras doses vacinais em Toledo, por um lado entendemos que isso é muito positivo, mas por outro lado reconhecemos que essas pessoas já poderiam estar imunizadas”, conclui.