A Unimed Costa Oeste promoveu no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, um evento no Parque Ecológico Diva Paim Barth, em Toledo. A ação teve como finalidade promover a troca de experiências entre as famílias, fortalecer a rede de apoio e oportunizar às crianças um dia divertido e com muitas brincadeiras. Além disso, cada criança foi presenteada com um cordão feito especialmente para a data.
“Nosso objetivo principal foi criar um espaço onde as crianças pudessem brincar, independente de diagnósticos, e que as famílias tivessem um tempo para se conhecerem, porque geralmente elas enfrentam dificuldades quando recebem o diagnóstico. Ainda percebemos que há mais necessidade de informação da sociedade a respeito do autismo, tanto em questões de diagnóstico como de tratamento. Quanto mais informação levamos à sociedade, mais diminuímos pré-conceitos e pré-julgamentos”, destacou a fonoaudióloga da Unimed, Ariane Aguiar Braga Ramos.
Aline Mayara Slusarski – que é mãe do pequeno Rafael, de 2 anos e 8 meses – participou do evento e destacou que a iniciativa oportuniza o acesso à informação sobre o autismo para mais pessoas. “Nós não tínhamos conhecimento até descobrir que nosso filho é portador do transtorno do espectro autista (TEA). Ele apresenta um grau leve e tivemos o laudo quando estava com 1 ano e 11 meses. No começo foi um choque, mas logo conseguimos encaixar as terapias e percebemos a evolução. Com três meses de terapia já era outra criança, até pelo diagnóstico precoce. As pessoas não têm o conhecimento sobre o autismo e isso atrasa o processo de descobrir, bem como o tratamento”, frisou.
Espaço no NAS
As crianças com TEA agora contam com um serviço especial que funciona no Núcleo de Atenção à Saúde (NAS). Inicialmente, elas recebem atendimento em fonoaudiologia e terapia ocupacional, mas a equipe de profissionais está sendo ampliada. “Já começamos com os atendimentos dessas especialidades, mas nosso objetivo é estruturar um atendimento bem amplo, com uma equipe multidisciplinar para atender essas crianças da forma que elas precisam. Geralmente as crianças precisam de uma intensidade de atendimento. Seguindo o plano de intervenção individual – que é compartilhado entre a equipe – os profissionais sabem das necessidades de cada uma e, com isso, os objetivos são alcançados”, pontou Ariane.
Segundo a terapeuta ocupacional da Unimed, Thais Amanda Bolson Moretto, estar tudo centralizado em um mesmo local facilita para as crianças e também para as famílias. “Ainda estamos formando a equipe, mas com certeza já ajudou muitas famílias, porque direciona os atendimentos em um lugar só, pois as crianças geralmente precisam de atendimento de fonoterapia, terapia, psicologia, musicalização, entre outras atividades”, pontuou.
A coordenadora da Atenção à Saúde, Bianca Aline Neske, explicou que o Serviço de Terapias Especiais foi formatado a partir das consultas realizadas no NAS e dos encaminhamentos médicos solicitando terapias em crianças. Os atendimentos começaram no mês de fevereiro. “Percebemos a necessidade de iniciar um trabalho voltado não só ao autismo, mas outros transtornos. Vamos contratar mais profissionais para compor a equipe multidisciplinar para que a criança possa receber todo o atendimento que ela necessita no mesmo lugar, ou seja, tudo dentro do NAS. Vamos trazer ainda psicóloga, psicopedagoga e a fisioterapeuta para a equipe”, concluiu.