Municípios da Regional começam a sentir efeitos da falta de medicamentos

Uma situação observada em nível nacional começa a ser sentida em Toledo. O aumento dos custos de produção, bem como a falta de matéria prima e insumos para alguns medicamentos, têm dificultado a manutenção dos estoques de medicamentos da Secretaria de Saúde de Toledo. Esse fato tem atrasado a entrega de alguns itens, em especial os mais utilizados no tratamento dos pacientes durante os picos da pandemia de Covid-19. 

De acordo com o diretor de Assistência Farmacêutica do município, Taylon Pereira, remédios como amoxicilina + clavulanato (suspensão), dipirona (comprimidos e gotas), prednisolona (suspensão), budesonida 32 (mcg), nimesulida (comprimidos) e salbutamol (aerossol) são os que apresentam maiores problemas para a aquisição. “Tratam-se de itens que foram amplamente consumidos na onda do Covid-19, em especial nesta última, e a produção do mercado não está atendendo a demanda, inclusive com faltas até mesmo no varejo farmacêutico”, explica.

Taylon ainda acrescenta que o município faz suas compras por meio do Consórcio Paraná Saúde junto com os outros 398 municípios do Paraná, porém mantém um registro de preços próprio. “Quando temos informação sobre alguma situação pontual, buscamos comprar por meio desse registro, porém a falta de alguns itens atinge de forma geral o setor e até mesmo as farmácias particulares já sentem este efeito”, reforça. 

Um exemplo é a amoxicilina + clavulanato, adquirida de forma consorciada. A previsão inicial de entrega do lote solicitado pela CAF de Toledo era o início de abril (01/04), entretanto os municípios foram comunicados sobre a alteração no prazo para disponibilização, estendido para a próxima quinta-feira (29). 

A secretária de Saúde de Toledo, Gabriela Kucharski, disse que o assunto tem sido recorrente no grupo dos secretários de Saúde da 20ª Regional e também no Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (COSEMS/PR). “Nós temos essa discussão, por meio desses órgãos, com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), pois não atinge somente Toledo. O maior problema, segundo as informações que temos, é a falta de insumos, de matéria prima para fabricação dos medicamentos. Na região, temos municípios com falta de soro fisiológico, por conta da epidemia de dengue. É importante reforçarmos que não é falta de planejamento ou omissão das prefeituras. É algo semelhante ao que vivenciamos durante a pandemia de Covid-19 com os kits de intubação”.

PUBLICIDADE

COMENTE

Digite seu comentário.
Por favor digite seu nome.