Um grupo formado por 25 alunos de cinco nacionalidades (haitiana, chilena, venezuelana, egípcia e saudita) participou, no último sábado (5), da primeira aula do curso de língua portuguesa para imigrantes que residem em Toledo. Realizada nas dependências do câmpus local da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a atividade, promovida pela Coordenação de Políticas para Imigrantes e Outros Grupos Vulnerabilizados, da Secretaria de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano (SMDH), tem duração de 40 horas-aula, distribuídas em sete encontros semanais (sempre aos sábados).
De acordo com a ementa, o curso visa habilitar os alunos – todos atualmente em situação de vulnerabilidade social – a falarem, lerem e escreverem no idioma de Camões, inserindo-os no contexto social e cultural do Brasil, podendo, assim, contribuírem para a sociedade regional e nacional com sua participação atuante e construtiva. Para se atingir este objetivo, serão empregadas metodologias ativas de ensino, dividida em quatro eixos: alfabetização, leitura, escrita e interações orais por meio das funções comunicativas da língua – priorizando-se sempre as dinâmicas de grupo.
O primeiro encontro foi prestigiado pela titular da SMDH, Jennifer Thays Chagas Teixeira. “Faço uma avaliação altamente positiva desta aula inaugural, que foi muito produtiva. Tivemos uma receptividade muito boa da comunidade imigrante do nosso município à ideia do curso, e já há fila de espera para as próximas turmas que vamos abrir em 2023. Ensinando o nosso idioma para essas pessoas, garantimos autonomia e emancipação para elas, que podem contar conosco para oferecermos uma assistência neste momento de adaptação, considerando a dificuldade em chegar a terras desconhecidas e com pouco conhecimento da cultura local. A maioria destas pessoas estão aqui a trabalho, mas há também outras que são refugiadas. Para todas elas, precisamos oferecer um acolhimento mais humano e digno”, comenta a secretária.
A coordenadora de Políticas para Imigrantes e Outros Grupos Vulnerabilizados da SMDH, Laudiceia Correia, observa que o aprendizado da língua portuguesa para imigrantes é uma questão de acolhimento e inclusão, promovendo igualdade de oportunidade no acesso ao trabalho e também o exercício da cidadania. “Quando o imigrante procura um local público e não sabe falar o idioma das pessoas que vão atendê-lo, cria-se uma barreira praticamente intransponível e, com esse curso, um universo mais amplo de possibilidades se abre para elas”, avalia.