SMDH promove 1º Seminário Municipal da Consciência Negra

eminário foi realizado durante o dia todo no auditório PUCPR Toledo e teve como ponto central os debates sobre políticas públicas de combate ao racismo

Por meio da Secretaria de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano (SMDH), Toledo promoveu nesta sexta-feira (18) o 1º Seminário Municipal da Consciência Negra. Aberto ao público em geral, o evento faz alusão ao Dia da Consciência Negra – que será lembrado neste domingo, 20 de novembro – e foi realizado durante o dia todo no auditório do câmpus local da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e teve como ponto central os debates sobre políticas públicas de combate ao racismo.

Pela manhã, assuntos como “Por que falar da consciência negra?”, “Evolução do Direito da População Negra no Brasil” e “Aspectos socioculturais da população negra” foram debatidos pela advogada e jornalista Angela Aparecida Mafra Diniz; pelas servidoras da SMDH, Fátima Alves Marques e Vera Lucia Rodrigues; e pela professora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Francy Niamen. À tarde, a assistente social e idealizadora de vários projetos de inclusão social, racial e de gênero (Histórias Femininas, Kula Web Rádio/Unioeste, Leia Mulheres de Toledo, Mariellas etc), Ana Carolina de Paula; a psicóloga clínica especialista em transtorno de ansiedade, Gracieli Miranda Sipriano; a empreendedora Maiara Gabriela dos Santos, que é dona de um salão de beleza especialista em cabelos afro; e a escritora e palestrante Eliana Massola, conduziram a mesa redonda com o tema “Mulheres Extraordinárias: luta e resistência”.

A abertura do seminário contou com a presença do promotor da 2ª Promotoria de Justiça de Toledo, José Roberto Moreira, e do vereador Juliano Alves. “É importante que o Ministério Público apoie e esteja presente em eventos que debatem, de uma forma geral, os direitos humanos. Estes já deveriam estar naturalizados no nosso dia a dia, mas, infelizmente, estão sendo violados. A discriminação racial contra os negros é um exemplo disso, mas precisamos enfrentá-la para romper uma barreira que nos impede de darmos um importante passo civilizatório”, analisa o promotor. “O combate ao racismo tem registrado importantes avanços nos últimos tempos, mas essa é uma luta que está longe do fim e prova disso é a necessidade de promover eventos como este para debater este e outros assuntos que afetam os negros e demais minorias sociológicas”, comenta o representante do Legislativo Municipal.

Ao lado da diretora do Departamento de Cidadania e Desenvolvimento Humano (Aline Turmina) e da coordenadora de Políticas para Imigrantes e Outros Grupos Vulnerabilizados (Laudiceia Correia), a titular da SMDH, Jennifer Thays Chagas Teixeira, falou, na frente de honra, a respeito da escravidão, que, embora tenha sido oficialmente abolida em 1888, ainda representa um fator de desigualdade em desfavor dos negros em nosso país. “A garantia dos direitos humanos, sobretudo das camadas mais vulneráveis da nossa sociedade, é a missão número 1 da nossa pasta, a qual passa pelo combate contra as diversas formas de preconceito contra negros e outros grupos étnicos presentes em nosso município”, salienta. “A Lei Áurea pôs fim à escravidão formal, mas os negros foram e continuam sendo as principais vítimas de violações e violências, razão pela qual devemos debater este tema com o cuidado de propor mudanças de fato, de caráter estrutural, no sentido de oferecer o mínimo de oportunidades para este público”, acrescenta.

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