Bon Odori: festival atrai para Toledo grupos de todo o estado

Diversas expressões artísticas e gastronômicas típicas da cultura japonesa estiveram reunidas num só lugar, atraindo grupos tradicionalistas de todo o estado

Cartão-postal de Toledo, o Parque Ecológico Diva Paim Barth transformou-se, no último sábado (3), em um pequeno pedaço do Japão. O município teve a honra de receber o 41º Festival Paranaense de Bon Odori, evento que integra as comemorações do aniversário de 70 anos de emancipação político-administrativa no qual diversas expressões artísticas e gastronômicas típicas da “Terra do Sol Nascente” estiveram reunidas num só lugar, atraindo grupos tradicionalistas de todo o estado para a Capital Paranaense do Agronegócio.

O festival ocorreu em paralelo ao 2º Nippon Bon Odori de Toledo, promovido pela Associação Cultural e Esportiva de Toledo (Ceato), que completa 60 anos de existência em 2022. A entidade, ao lado da Secretaria Municipal da Cultura (SMC) e da Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná, esteve a cargo da organização do evento, que teve diversas atrações. 

O destaque ficou para o show de sete grupos de bon odori (vindos de Assis Chateaubriand, Cascavel, Londrina, Maringá [2], Toledo e Uraí) e cinco de taiko (Cascavel, Londrina, Maringá [2] e Toledo). Teve também apresentações com cantores de músicas japonesas, matsuri dance, além de oficinas de origami e minibana,  exposições de haicai, ikebanas, mangás e bonsais, demonstrações de lutas, desfile de cosplays (concurso de melhor fantasia) e comercialização de comidas típicas. 

Na parte solene houve uma breve cerimônia com entrega do Diploma de Honra ao Mérito do cônsul-geral do Japão em Curitiba, Keiji Hamada, a três Nikkeis paranaenses pelos relevantes serviços prestados (Torao Takada, Massayuki Inomata e deputado estadual Coronel Lee), ainda com presença de autoridades, como o prefeito e vice-prefeito de Toledo, Beto Lunitti e Ademar Dorfschmidt; o presidente da Câmara de Vereadores, Leoclides Bisognin; o presidente da Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná, Eduardo Suzuki; e o deputado federal Luiz Nishimori. Ao final, o monge budista Alexandre Wakao Ryo, de Maringá, abençoou o festival.

A representante do governo municipal na organização do evento, Daliana Hisako Uemura Lima, faz um balanço extremamente positivo do festival. “Nós ficamos bem felizes porque tivemos uma adesão bem grande de participantes, não só de descendentes de japoneses, mas de todas as pessoas que estavam passando pelo Diva Paim Barth e ficaram sabendo na hora. Sem falar que veio bastante gente de fora: convidamos todas as associações do Paraná e várias vieram para se apresentar. Ao fim, todas se juntaram e protagonizaram um belo espetáculo”, relata. “Quando trouxemos este evento para cá tínhamos o objetivo de apresentar a cultura japonesa para a nossa região e manter viva essa cultura, tornando-a visível e apreciada para as pessoas de outras descendências. Pelo sucesso que foi, posso afirmar que as expectativas foram superadas”, avalia.

O presidente da Ceato, Celso Hissao Thotusi, relata que a pandemia atrasou a realização do Festival Paranaense de Bon Odori em Toledo em dois anos, tempo suficiente para aprimorar as atividades oferecidas pela entidade. “No começo de 2020, alguns dias antes de os primeiros casos de Covid-19 aparecerem no Brasil, foi assumido o compromisso para que este evento acontecesse em nossa cidade pela primeira vez. A partir de então, com o incentivo de várias pessoas, como o Torao Takada, fomos investindo na melhoria de estrutura para as aulas de karaokê e taiko”, recorda. “Ao mesmo tempo, fomos buscando parceiros para o festival e pudemos contar com o apoio de todos os associados, bem como de órgãos públicos, como a Secretaria Municipal da Cultura, a quem agradeço de coração pelo sucesso que foi o festival”, destaca.

De acordo com a secretária da Cultura, Rosselane Giordani, o 41º Festival Paranaense de Bon Odori fez justiça à importância dos descendentes de japoneses para a história de Toledo. “Foi um evento que valoriza a cultura nipônica, remetendo à ancestralidade do município, à forma como este grupo contribuiu e tem contribuido para o nosso desenvolvimento desde o momento em que se estabeleceram na comunidade Sol Nascente. Este festival foi um momento de celebração, de união entre Brasil e Japão, fazendo algo que buscamos a todo o momento na programação alusiva aos 70 anos do município: incluir todas as cores, todas as tribos e todos os gostos”, pontua.

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