Gestoras municipais realizam Fórum Estadual em Toledo

Evento fez parte da programação dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres

Estiveram reunidas no auditório do Sindicato Rural de Toledo, na última quinta (08) e sexta-feira (09), lideranças femininas das prefeituras de várias cidades do Estado do Paraná para participarem do Fórum Estadual de Gestoras de Políticas para Mulheres. Entre as cidades participantes, estavam representantes de Maringá, Curitiba, Guarapuava e Altamira do Paraná. Evento fez parte da programação dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.

Segundo a secretária de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano (SMDH), Jennifer Thays Teixeira, essa é uma organização das gestoras municipais. Um espaço de discussão e troca de experiências e aprimoramento das políticas públicas realizadas em cada município. Além de proporcionar uma linguagem mais próxima do nosso território. 

“Esses momentos possibilitam a construção de caminhos mais efetivos para proteção e emancipação de mulheres a partir de um olhar coletivo. Além de várias experiências inspiradoras, vamos encaminhar uma carta ao Governo do Estado, com a perspectiva da criação da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres, manifestando as principais demandas dos municípios referentes ao protagonismo feminino”, salientou Jennifer. 

Entre as participantes estava a secretária de Políticas Públicas para Mulheres de Maringá, Terezinha Beraldo Pereira, um dos municípios de referência no atendimento e no acolhimento de mulheres em situação de violência. Ela afirma que o enfrentamento dos problemas em relação às mulheres em situação de violência deve trabalhar a transversalidade com todas as outras secretarias. “Hoje somos a maioria da população, a maioria dos votantes, então é importante que uma gestão tenha esse olhar de gênero sobre as suas políticas públicas para mulheres”, pontuou Terezinha. 

A debatedora demonstrou preocupação com a violência doméstica e intrafamiliar. “Ainda é hoje nosso pior indicador que temos no estado e a nível nacional. O Brasil continua sendo o quinto país que mais mata mulheres, que mais estupra crianças e adolescentes, nossos indicadores são péssimos, afronta e desrespeita os direitos humanos das mulheres ter um indicador desses. Tivemos um corte no orçamento na prevenção e no enfrentamento à violência contra a mulher no Governo Federal, temos uma desconstrução dessa política pública, então nossa luta hoje é pra fazer esse resgate e estarmos presentes no orçamento público. Hoje estamos comemorando, pois estamos no organograma e no orçamento público do Estado e poderemos pautar quais são as nossas maiores dificuldades”, acrescentou a secretária de Maringá. 

Entre os assuntos a serem priorizados no documento formulado está a importância de se regionalizar as casas abrigos, a retomada da Câmara Técnica de Violência Contra a Mulher, o botão do pânico, além de outros programas a serem apresentados na carta para o governador. Também será solicitado uma gestora com perfil e preparo para ocupar a função estadual e garantir o diálogo com os municípios. 

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