A prévia do Censo 2022, divulgada na última quarta-feira (28/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma o que todos desconfiavam: Toledo vive um período de crescimento exponencial, quadro que pode ser confirmado pelo aumento da população nos últimos anos. O órgão, vinculado ao governo federal, estima que Toledo conta hoje com 156.123 habitantes, número 30,85% maior que o último recenseamento, realizado em 2010.
À época, Toledo tinha 119.313 moradores e, desde então, registrou crescimento médio anual de 2,27%. Esta variação é a 26ª maior entre os 399 municípios do Paraná e a 2ª maior entre as 50 cidades que estão na mesorregião do Oeste Paranaense, atrás somente de Diamante do Sul (46,75% ou 3,25% ao ano), e à frente de Cascavel (22,51% ou 1,71% a.a) e Foz do Iguaçu (11,81% ou 0,93% a.a.), as duas maiores cidades da área analisada.
O prefeito Beto Lunitti entende que a estimativa apresentada está dentro do que era esperado. “Este panorama só confirma o que pensamos para Toledo em nosso plano de governo e também na elaboração do novo Plano Diretor, vigente desde o início de 2022. Naturalmente, com esses números, é necessário o incremento de políticas públicas em vários setores da administração municipal, como saúde, educação, lazer, segurança, mobilidade urbana, entre outros, vislumbrando uma população que pode chegar a 200 mil habitantes”, comenta. “Estamos muito conscientes desse papel que o poder público tem, sobretudo conduzindo ações estruturantes no sentido de manter sólida nossa economia, o que é feito, por exemplo, com formação de mão de obra qualificada para nossas empresas que fazem de Toledo um dos municípios que mais geram empregos no Paraná. Essa pujança atrai pessoas de outros municípios, de outros estados e até de outros países, e precisamos ter condições de atender esta demanda adicional”, pontua.
Dificuldades
Iniciado em agosto, o Censo 2022 destina-se à coleta de dados fundamentais para os governos municipais, estaduais, distrital e federal definirem políticas públicas de saúde, educação, segurança, transporte, esporte, cultura, lazer, infraestrutura, entre outras. Em mais de 4 mil municípios brasileiros, os números apresentados pelo IBGE estão consolidados, pois foi possível visitar e ouvir ao menos um morador de todos os domicílios existentes em seu território.
Infelizmente, este não é o caso de Toledo, onde apenas 66,5% das residências dos 224 setores censitários receberam e responderam o recenseador (a média nacional está em 85,9%; a estadual, em 85,1%). Esse índice baixo se deve às dificuldades que os recenseadores enfrentam nas visitas domiciliares, principalmente na recusa e/ou resistência dos moradores em atender os profissionais ou de responder corretamente às questões do recenseamento.
Beto Lunitti conclama os cidadãos de Toledo que ainda não responderam ao Censo para que recebam os agentes do IBGE em suas residências. “Forneça todos as informações que forem solicitadas, para termos a contagem demográfica correta, algo fundamental para a gestão pública tomar decisões corretas, impactando em várias questões, como no recebimento de recursos via FPM [Fundo de Participação dos Município], pois falta muito pouco para atingirmos o coeficiente máximo, saindo de 3,8 para 4,0”, exemplifica.