O perfil das atividades agroindustriais que constituem a mola propulsora da economia toledana por vezes exala odores desagradáveis em algumas fases dos seus processos. Um questionário foi elaborado pelo Habitat Senai Agro em parceria com o Município de Toledo, por meio da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Toledo (Funtec), e está disponível neste link para que a população contribua e seja parte da solução do problema.
Com o objetivo de encontrar soluções para diminuir o mau cheiro em algumas regiões, um conselho foi constituído e envolve também a Associação Comercial e Industrial de Toledo (Acit), a Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR) e as empresas Primato, Fiasul, Tectron, Safeeds e Quimitol.
Segundo o diretor executivo da Funtec, Renato Tratch, já existe um mapeamento das principais empresas e processos produtivos com potenciais poluidores que, em algum momento, causa um mau estar sensitivo na população. “A ideia é entender a problemática e fazer um diagnóstico para saber qual é o impacto na população. Cada pessoa sente em graus e intensidades diferentes o mau cheiro, por isso esse é um levantamento importante. Saber o cheiro que você sente e associar a localização, zonas, regiões, horários é o primeiro passo para então partir para ações que possam mitigar esse problema”, explica Tratch.
A proposta é levantar uma amostragem com aproximadamente 10 mil pessoas das mais diversas regiões da cidade, para que seja possível compreender com a maior exatidão as queixas que eventualmente são apresentadas pela população.
Renato reforça a importância do envolvimento do maior número de pessoas nessa fase de coleta de dados. “Queremos aproveitar essa experiência para nos fornecer as informações que servirão como parâmetro para, após serem adotadas medidas para redução desse impacto, sabermos se houve alguma melhoria na percepção das pessoas”, acrescenta.
Pesquisa – É muito fácil participar dessa pesquisa. O formulário é composto por 10 questões simples e diretas, ficará disponível até o dia 31 de janeiro de 2023. Em seguida os dados serão tabulados pelo Habitat Senai Agro e pela comissão formada pelas empresas e órgãos envolvidos. Como a questão do mau cheiro envolve compostos diferentes, isso implica em ações diferentes, com soluções diferentes. “Para a agroindústria é uma estratégia de ação, já para uma esterqueira é uma solução diferente, pois os compostos são diferentes. Isso reforça a importância de diagnosticarmos cada situação em cada região da cidade”, finaliza o diretor executivo da Funtec.