A Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito recebeu, na tarde desta quinta-feira (23), o ato de sanção das leis 2.635 e 2.636/2023, que foram publicadas na edição de hoje do Órgão Oficial. A primeira lei dispõe sobre a concessão de homenagens pelos poderes Executivo e Legislativo, criando também a Medalha Diva Paim Barth; a segunda, declara a utilidade pública da Associação Embaixada Solidária.
Lideradas pela fundadora e presidente Edna Nunes, representantes da entidade marcaram presença na solenidade, que também contou com a presença dos vereadores Leoclides Bisognin, Valdir Rossetto, Beto Scain e Damião Santos. “Todos os vereadores subscreveram este projeto de lei e foi uma satisfação tê-lo aprovado, pois confiamos muito no trabalho realizado pela Embaixada Solidária”, destaca Leoclides. “A maioria de nós é filho ou neto de imigrantes e é nosso dever acolher essa nova leva de pessoas que vêm de outros país em busca de uma vida nova em Toledo e que nos ajuda a resolver o problema de falta de mão de obra. Daí, a importância desta entidade, que ajuda este público a diminuir as diferenças culturais e possibilita uma melhor inserção deles no mercado de trabalho e na nossa sociedade”, avalia Valdir.
Edna agradeceu o prefeito Beto Lunitti e os vereadores pela aprovação do título em favor da entidade que preside. “Há 8 anos, quando começamos, o atendimento a imigrantes era um assunto sobre o qual pouco se falava. De lá para cá, a questão ganhou corpo e hoje atendemos pessoas de 32 nacionalidades diferentes. O imóvel que foi cedido pelo município para a Embaixada Solidária, que antes parecia ser tão grande, está começando a ficar pequeno para as atividades que ali realizamos, as quais estão acompanhadas de políticas públicas que servem de referência para o país”, avalia a presidente, que falou sobre a viagem realizada recentemente a Pacaraima, cidade em Roraima que fica na fronteira com a Venezuela e onde está sendo realizada a “Operação Acolhida”, ação do Exército brasileiro para acolher imigrantes do país vizinho.
Para expressar sua gratidão, ela entregou ao prefeito um quadro feito com azulejo com a foto de Iscardely Nicolas ao lado de uma máquina de costura gravada na parte lisa. Haitiana, Iscardely fez parte da primeira turma do curso de corte e costura promovido pela Embaixada Solidária, onde hoje faz trabalho voluntário. “Este ato não é para apenas assinar um papel que ganhará força de lei. É um reconhecimento ao trabalho realizado por esta entidade. Peço à sociedade toledana para que tenha mais atenção com a questão migratória e ajude no que for possível estas pessoas que são cada vez mais importantes para o nosso município”, pontua.
Diva Paim Barth
As mulheres presentes à assinatura da lei que declara a utilidade pública da Associação Embaixada Solidária foram convidadas a permanecer no ambiente para a sanção da Lei que dispõe sobre a concessão de homenagens pelos poderes Executivo e Legislativo, criando também a Medalha Diva Paim Barth, que se juntará à Medalha Willy Barth e ao Título de Cidadão Honorário de Toledo ao rol de honrarias concedidas pelo município.
A medalha será distribuída anualmente a duas pessoas, uma indicada pelo Poder Executivo e outra pelo Poder Legislativo. A honraria será outorgada a mulheres que, independentemente de sua origem, são merecedoras do público reconhecimento do povo toledano por sua contribuição para “o desenvolvimento do município ou se destacado em ações de integração social, de mobilização popular, de combate às desigualdades ou de outras formas de expressão que contribuíram para a promoção da nossa gente”.
O texto – também assinado pela chefe de Gabinete, Fabiana Trento – trata ainda do formato e das medidas da medalha e prevê a entrega de um Diploma de Gratidão às homenageadas. A lei cumpre promessa feita pelo prefeito Beto Lunitti no último 27 de março, Dia do Pioneiro, quando da inauguração do busto de Diva Paim Barth no parque ecológico que tem o seu nome.