A tarde desta quarta-feira (2) foi de muita diversão para crianças e adolescentes atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantil Dr. Rafael Azambuja Patiño Cruzatti (Caps-i). Acompanhadas de seus pais, eles puderam participar de várias atividades recreativas, como cama elástica, confecção de pipa, pintura em rosto, estafetas, corrida do saco, rabinho de elefante, corrida de bola e arremesso em bombonas.
Alusivo ao Dia Internacional da Amizade, lembrado em 20 de julho, o evento só pôde ser realizado agora, pois as condições climáticas à época não estavam favoráveis. A espera valeu a pena, pois, além das brincadeiras, a confraternização teve várias atrações.
Entre elas, a apresentação de adestramento canino entre Dolly, golden retriever que agora está aposentada das suas funções de agente da Guarda Municipal, e seu tutor, Edvaldo Eberhardt. Outro ponto alto da festa foram as disputas do 2º Concurso de Aviões de Papel, que premiou as “aeronaves” mais bonitas e as que voaram mais longe.
O coordenador do Caps-i, Alisson Rodrigo Dias Rocha, destaca a importância de atividades como esta para o desenvolvimento das crianças e adolescentes atendidos pelo espaço. “É o momento de eles se expressarem em atividades artísticas e brincadeiras. Além disso, também representa uma oportunidade para estarmos em contato mais próximo com os pais, criando um vínculo de confiança com eles. Nosso público-alvo é composto por pessoas que ainda estão no começo da vida, mas que já convivem com transtornos que dificultam sua socialização e vemos nesta festa uma chance de eles evoluírem gradativamente e contando com nosso apoio para superar as barreiras”, avalia.
Um exemplo de que o trabalho realizado pelo Centro de Atendimento Psicossocial Infantil está sendo bem-sucedido é Sofia Faggian, de 13 anos. “Antes de começar a participar das atividades aqui, eu não saía de casa e agora estou mais comunicativa, com notas melhores na escola. Oficinas e eventos legais como este têm me ajudado a superar meus limites”, relata. “De um ano e meio para cá, quando ela começou a vir para o Caps-i, ela mudou da água para o vinho, está mais autoconfiante e só tenho a agradecer o trabalho de toda a equipe”, confirma Simone Faggian, mãe da adolescente, que sofre de distúrbios relacionados à ansiedade.
Testemunho semelhante tem Ires Dallanora Fereira, mãe de Rian Dallanora Fereira, de 10 anos de idade. “Meu filho tem autismo, TOC [transtorno obsessivo-compulsivo] e síndrome de Tourette e o atendimento que ele recebe aqui no Caps-i tem ajudado muito a atenuar os sintomas destes problemas. Ele iniciou o tratamento no começo de 2022 e já o vejo socializando melhor com outras crianças, sentindo-se mais incluído pela sociedade”, relata. “Gosto muito de vir aqui e hoje eu quero aprender a fazer pipa”, comenta Rian, que estava mais interessado em brincar do que em conversar.
