O Setor de Controle e Combate às Endemias divulgou, na manhã desta quarta-feira (8), os índices de infestação predial (IIP) referentes ao quarto Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LirAa) realizado em Toledo neste ano. E os resultados são preocupantes: entre segunda e terça-feira (6 e 7), os agentes de combate a endemias (ACEs) realizaram visitas em quase 1.800 imóveis (sorteados aleatoriamente por plataforma do Ministério da Saúde) de todos os bairros da cidade e em 4,6% das unidades foram encontrados criadouros do mosquito que transmite dengue, febre chikungunya e zika vírus.
Este índice está muito acima do recomendado pelos organismos nacionais e internacionais de saúde (1%), 318,18% maior que o registrado no levantamento anterior (1,1%). Essa ascensão fica ainda mais nítida ao se comparar com as quartas edições do LirAa realizadas em 2021 (1,8%) e 2022 (2,6%).
Os bairros Fachini I (18,75%), Panorama I (16,21%), Croma II (15%), Parizoto (14,28%) e Rossoni II (13,79%) puxaram o IIP da cidade para cima. Pequenos depósitos móveis; lixo (recipientes plásticos, lata, sucatas e entulhos); outros depósitos de armazenamento de água; pneus; e depósitos fixos estão entre os objetos onde os focos do Aedes aegypti foram encontrados com maior recorrência durante o levantamento.
Casos confirmados
A situação referente às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti inspira cuidados desde já, pois, até o momento, houve a confirmação de 13 casos de dengue em Toledo (todos autóctones): 3 no Europa, 2 em Concórdia do Oeste, Coopagro e Santa Clara III (cada) e 1 no Independência, Panorama I, Parizotto e Porto Alegre I (cada).
Há ainda 54 pacientes aguardando o resultado do exame, que já deu negativo para outros 211 testes. Com isso, o número de notificações (quantidade de pessoas que procuraram serviços públicos e particulares de saúde com sintomas da doença) chegou a 278 no atual ano epidemiológico, iniciado em 1º de agosto de 2023.
Segundo a coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian König, o quarto LirAa de 2023 reforça as perspectivas de uma iminente epidemia de dengue nos próximos meses, a qual só poderá ser evitada se toda a população fizer a sua parte. “A situação nos preocupa, pois todos os bairros estão com o índice acima de 1% e na grande maioria passa dos 5%. Por isso, é fundamental que os moradores ajudem ainda mais, sobretudo atendendo bem os agentes de combate a endemias que fazem as vistorias nos imóveis. A colaboração de todos é mais que necessária, é urgente”, destaca.