Diante do aparecimento crescente de escorpiões-amarelos em Toledo e região, o Setor de Controle e Combate às Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde, está intensificando suas ações de combate ao animal peçonhento cujo nome científico é Tytus Serralatus. Este trabalho começou em 2021, quando os primeiros indivíduos da espécie foram encontrados no município – até então, segundo o Sistema de Notificações de Animais Peçonhentos (Sinap), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Dessa forma, é fundamental que o cidadão que encontrar um escorpião (sendo amarelo ou não) em seu imóvel faça a coleta deste e o armazene num recipiente com álcool ou dentro do refrigerador. Em seguida, devem entrar em contato pelos telefones (45) 3196-3095 (fixo, em horário comercial) ou (45) 99133-6391 (WhatsApp). “A partir do momento em que tomamos conhecimento do caso e percebemos um grande indício de ser mesmo o serralatus, já planejamos uma busca ativa no entorno. Este material coletado é enviado para o Lacen [Laboratório Central do Estado do Paraná] para confirmar se é ou não desta espécie. Se não for possível coletar, pedimos para que, ao menos, tire uma foto do animal”, pondera a coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian König.
De 2021 para cá, 15 operações-bloqueio foram realizadas em seis bairros: Industrial, Coopagro, Independência, Panambi, Pioneiro e Bressan, que recebeu a ação mais recente, na semana passada, quando oito escorpiões-amarelos foram encontrados. “Todos os municípios da 20ª Regional de Saúde estão sofrendo, em algum grau, com este problema. Por isso, estas operações-bloqueio amenizam a situação no curto prazo, mas, a longo prazo, a infestação do serralatus será um problema de saúde pública inevitável”, analisa a coordenadora.
Lilian observa que o escorpião-amarelo dispõe de um veneno muito intenso, o qual, em caso de picada, representa risco iminente de morte para crianças e idosos. “É um animal de hábitos noturnos, que se reproduz rapidamente e que vive escondido em frestas, que precisam ser tapadas, e ralos, que devem ser vedados com uma telinha ou meia fina. São medidas que diminuem as chances de ocorrerem acidentes mais graves relacionados à picada do serralatus”, pontua.
Além do trabalho em campo, a coordenadora observa que está atuando em duas frentes. “Estamos em contato com a 20ª Regional de Saúde para a realização de cursos sobre o assunto com os nossos agentes de combate a endemias, pois se trata de um assunto relativamente novo. Também estamos dialogando com as equipes das unidades de saúde, especialmente com os agentes comunitários de saúde (ACS), que desempenham papel crucial, pois são mais próximos da população e podem informar os moradores sobre como fazer caso encontrem escorpiões em sua residência”, relata Lilian.