Dia Mundial das Comunicações Sociais será comemorado neste sábado dia 4 de Maio

Centro Integrado de Comunicação

CONVITE
Evento comemorativo ao Dia Mundial das Comunicações

O bispo da Diocese de Toledo, Dom João Carlos Seneme, tem a honra em convidar-lhe a participar de evento comemorativo ao Dia Mundial das Comunicações Sociais 2024. Ele será realizado no dia 4 de maio (sábado), conforme programação
abaixo. Na ocasião, vamos compartilhar a reflexão da mensagem do Papa Francisco para este 58º Dia Mundial das Comunicações, intitulada
“Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana”.
D. João e Pe. André Boffo Mendes, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora e assessor da Pastoral da Comunicação, estarão à disposição para atender a Imprensa com as questões pertinentes ao encontro.

Para tornar esse momento ainda mais representativo, gostaríamos de contar com a valorosa presença de dois representantes de seu órgão de comunicação. Para melhor organizarmos o encontro, confirme sua participação enviando uma mensagem para (45) 9-8823-1142 até dia 29 de abril.

PROGRAMAÇÃO
10h – Acolhida na Catedral Cristo Rei
10h30min – Celebração Eucarística na Catedral Cristo Rei
11h30min – Diálogo com os meios de comunicação sobre o tema do evento
12h – Almoço de confraternização. Local: Sede Social da Catedral

Centro Integrado de Comunicação
Rua General Rondon, 2006 – Jardim La Salle
Fone: (45) 3252-1728 / 9-8823-1142 / revistacristorei@diocesetoledo.org

Em busca de uma sociedade que busque repensar o uso das novas tecnologias, a mensagem do Papa Francisco para o 58° Dia Mundial das Comunicações Sociais tem como título “Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana”, que será celebrada pela Igreja em 12 de maio. Separamos alguns pontos importantes de reflexão da carta:

Papa Francisco iniciou o texto com a seguinte reflexão: o que é então o homem, qual é a sua especificidade e qual será o futuro desta nossa espécie chamada homo sapiens na era das inteligências artificiais? Como podemos permanecer plenamente humanos e orientar para o bem a mudança cultural em curso?”.

A sabedoria que dá gosto à vida

“Não podemos esperar esta sabedoria das máquinas. Embora o termo inteligência artificial já tenha suplantado o termo mais correto utilizado na literatura científica de machine learning (aprendizagem automática), o próprio uso da palavra ‘inteligência’ é falacioso. É certo que as máquinas têm uma capacidade imensamente maior que os seres humanos de memorizar os dados e relacioná-los entre si, mas compete ao homem, e só a ele, descodificar o seu sentido”.

De acordo com Francisco, “não se trata, pois, de exigir das máquinas que pareçam humanas; mas de despertar o homem da hipnose em que cai devido ao seu delírio de onipotência, crendo-se sujeito totalmente autônomo e autorreferencial, separado de toda a ligação social e esquecido da sua condição de criatura.”

Fake News e poluição cognitiva

O Papa escreveu ainda na mensagem que “cada coisa nas mãos do homem torna-se oportunidade ou perigo, segundo a orientação do coração. Os sistemas de inteligência artificial podem contribuir para o processo de libertação da ignorância e facilitar a troca de informações entre diferentes povos e gerações. Por exemplo, podem tornar acessível e compreensível um patrimônio enorme de conhecimentos, escrito em épocas passadas, ou permitir às pessoas comunicarem em línguas que lhes são desconhecidas”.

Ao mesmo tempo,”podem ser instrumentos de ‘poluição cognitiva’, alteração da realidade através de narrações parcial ou totalmente falsas, mas acreditadas – e partilhadas – como se fossem verdadeiras. Basta pensar no problema da desinformação que enfrentamos, há anos, no caso das fake news e que hoje se serve da deep fake, isto é, da criação e divulgação de imagens que parecem perfeitamente plausíveis, mas são falsas ou mensagens-áudio que usam a voz de uma pessoa, dizendo coisas que ela própria nunca disse. A simulação, que está na base destes programas, pode ser útil em alguns campos específicos, mas torna-se perversa quando distorce as relações com os outros e com a realidade”.

Efeitos socialmente injustos da inteligência artificial

Segundo o Papa, é importante ter a possibilidade de perceber, compreender e regulamentar instrumentos que, em mãos erradas, poderiam abrir cenários negativos. Os algoritmos, como tudo o mais que sai da mente e das mãos do homem, não são neutros.

A esse propósito, Francisco exortou a Comunidade das Nações a trabalharem unidos para adotar um tratado internacional vinculativo, que regule o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial nas suas variadas formas. “Entretanto, como em todo o âmbito humano, não é suficiente a regulamentação”, sublinha.

Não reduzir as pessoas a dados

O Papa escreveu em sua mensagem que “as grandes possibilidades de bem são acompanhadas pelo risco de que tudo se transforme em um cálculo abstrato que reduz as pessoas a dados, o pensamento a um esquema, a experiência a um caso, o bem ao lucro, com o risco sobretudo de que se acabe por negar a singularidade de cada pessoa e da sua história, dissolvendo a realidade concreta numa série de dados estatísticos”.

Valorização do profissional de comunicação

A este propósito, Francisco pensa que “a utilização da inteligência artificial poderá proporcionar uma contribuição positiva no âmbito da comunicação, se não anular o papel do jornalismo no local, se valorizar o profissionalismo da comunicação, responsabilizando cada comunicador; se devolver a cada ser humano o papel de sujeito, com capacidade crítica, da própria comunicação”.

Construir novas castas baseadas no domínio informativo

Segundo o Papa, a inteligência artificial acabará por construir novas castas baseadas no domínio informativo, gerando novas formas de exploração e desigualdade ou trará mais igualdade, promovendo uma informação correta e uma maior consciência da transição de época que estamos atravessando.

“De um lado, vemos o espectro de uma nova escravidão, do outro uma conquista de liberdade; de um lado, a possibilidade de que uns poucos condicionem o pensamento de todos, do outro a possibilidade de que todos participem na elaboração do pensamento”.

“A resposta não está escrita; depende de nós. Compete ao homem decidir se há de tornar-se alimento para os algoritmos ou nutrir o seu coração de liberdade, sem a qual não se cresce na sabedoria”, conclui Francisco.

:: Igreja reflete sobre regulamentação ética da Inteligência Artificial

Fonte: Vatican News

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