Apreensão no Paraná revela comércio de armas entre militares do Paraguai e criminosos brasileiros

Uma apreensão de armas feita pelo Batalhão de Polícia de Fronteira revelou um esquema de compra e venda armas envolvendo militares do Paraguai e criminosos brasileiros, informou a Direção de Materiais Bélicos do Paraguai em entrevista coletiva.

Em 14 de outubro, próximo ao pedágio desativado de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, os agentes do BPFron apreenderam um fuzil e seis pistolas.

As armas estavam com uma mulher de 30 anos, que viajaria de ônibus para São Paulo.

As autoridades paraguaias afirmam que, com a colaboração da Polícia Federal brasileira, foi possível descobrir de qual local do Paraguai as armas saíram.

Elas eram de uma loja de armas que fica em Assunção, capital do país vizinho.

Segundo a investigação, a loja era um centro de um esquema de tráfico internacional de armamento envolvendo militares paraguaios e criminosos brasileiros.

As autoridades paraguaias afirmam que pelo menos 100 agentes do país estavam envolvidos no esquema, entre policiais, militares da Marinha e da Aeronáutica.

Nomes de possíveis envolvidos não foram divulgados.

De acordo com a investigação das Forças Armadas e da Direção de Materiais Bélicos do Paraguai, órgão paraguaio responsável pela fiscalização de armas, os criminosos pagaram para que agentes das forças de segurança comprassem armas que depois seriam enviadas ao Brasil.

Para driblar a fiscalização, após a compra, os agentes envolvidos alegavam que as armas tinham sido furtadas, mas não faziam isso logo após o suposto furto.

As investigações seguem em andamento no intuito de descobrir mais pessoas envolvidas.

A Polícia do Paraguai prossegue com as investigações e não revelou outros detalhes.

A Polícia Federal brasileira foi acionada e informou que não comenta sobre investigações em andamento.

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