A exemplo do que está acontecendo na maioria das regiões do Brasil e do Paraná, Toledo tem visto os casos de Covid-19 aumentarem de forma significativa nos últimos dias, sobretudo após o feriado prolongado da Proclamação da República. De acordo com dados prévios do boletim epidemiológico mensal, que será publicado integralmente na próxima quinta-feira (24), 73 pacientes estavam, até o último sábado (21), se tratando da doença – número 461,54% maior do que há um mês, quando havia 13 pacientes ativos.
Este cenário coloca a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) em estado de alerta, ainda mais porque nesta época do ano são mais comuns as aglomerações em virtude das festas que se aproximam. “Estamos trabalhando para que medidas preventivas, como higienização das mãos e uso de máscara em ambientes fechados ou com muitas pessoas ao redor, sejam intensificadas. É uma situação que inspira cuidados, ainda mais junto aos grupos imunossuprimidos, para quem está sendo oferecida uma terceira dose de reforço da vacina contra a Covid-19”, observa a diretora de Vigilância em Saúde da pasta, Juliana Beux Konno. “Felizmente, estamos há um pouco mais de três meses sem óbitos por Covid-19, mas temos circulando em nosso país novos subtipos ainda mais infecciosos da variante ômicron. Portanto, peço à população para redobrar os cuidados a fim de manter a situação sob controle, isto é, sem um número elevado de internações e, principalmente, de óbitos”, pontua.
Vacinação
Além de usar máscara, higienizar as mãos e evitar aglomerações, outro meio de se proteger do novo coronavírus (Sars-Cov-2) é manter o calendário de vacinas contra a doença em dia. Desde a última sexta-feira (18), as unidades de saúde da cidade e do interior já estão aplicando a segunda dose de reforço para pessoas com 18 anos de idade ou mais e, a partir desta quinta-feira, começarão a ser aplicadas doses pediátricas em crianças com idade entre 6 meses e 2 anos que tenham comorbidades listadas no Ofício Circular 242/2022, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (SVS/MS) – entre as quais, estão diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, hemoglobinopatias graves, obesidade mórbida, síndrome de Down e cirrose hepática.
A princípio, a imunização será realizada no Ambulatório Materno Infantil (AMI), localizado na Rua Carmelita Nodari, 132, anexo à sede da SMS. “As crianças desta faixa etária com comorbidades e que já assistidas pelas unidades de saúde receberão uma declaração que poderá ser retirada pelos pais e responsáveis. Contudo, para aquelas que são atendidas na rede privada ou suplementar, é importante que o médico que as acompanha possa confeccionar este documento”, recomenda a enfermeira da Vigilância Epidemiológica da SMS, Cleunice Sarturi.
Juliana pontua que crianças com idade entre 6 meses e 2 anos que não se enquadram nos quadros descritos no ofício da SVS/MS também podem receber sua dose. “As unidades de saúde também foram orientadas a passar para o AMI uma lista com nome e contato de pais que querem que os filhos desta faixa etária possam ser vacinados. Caso haja doses disponíveis e ninguém mais estiver na fila para receber sua dose, o ambulatório vai entrar em contato com estas pessoas para evitar desperdícios, pois o conteúdo, depois de aberta a embalagem, não resiste a muitas horas. Se os pais aceitarem levar seus filhos antes do fim do expediente, já poderão voltar para casa com eles imunizados”, explica a diretora.
O esquema vacinal para pacientes com idade entre 6 meses e 2 anos contempla três doses. Depois de receber a primeira, a segunda deve ser aplicada em 28 dias e a terceira 56 dias após a anterior.
