Ontem policiais federais deflagraram a operação Sororidade, dando cumprimento a três mandados de busca e apreensão com o objetivo de apurar os crimes de redução análoga a de escravo e tráfico de pessoas.
As investigações iniciaram a partir de informações repassadas pela Delegacia da Mulher de Foz do Iguaçu, relatando que uma cidadã paraguaia teria sido contratada por um casal no ano de 2019 para trabalhar como babá, na cidade de Foz do Iguaçu.
Durante o período em que esteve na residência, a vítima alega que sofreu agressões físicas e verbais, ameaças, inclusive com arma de fogo, e estupro, tendo sido forçada inclusive a tentar realizar procedimento de aborto no Paraguai com o auxílio de um amigo do autor do crime.
Além disso, informou que era proibida de sair da residência pelos moradores e não recebia seu salário com regularidade.
Em virtude da violência sexual sofrida, a vítima engravidou e foi expulsa da residência pelos moradores, tendo sido obrigada a residir com o amigo do autor do crime.
Na ocasião em que foi realizado seu parto, a assistente social obteve informações referentes a situação da vítima e solicitou providências à Vara da Infância e Juventude de Foz, tendo sido determinado seu encaminhamento a um abrigo junto com a criança, além da investigação do caso pela Delegacia da Mulher de Foz do Iguaçu.
Constatou-se ainda que o autor do fato possui diversos registros de ocorrências e processos criminais em seu nome envolvendo crimes contra a mulher, estupro, lesão corporal, ameaça e posse/porte ilegal de arma de fogo.
Durante o cumprimento de um dos mandados de buscas, na casa do alvo foi encontrado armas e munições, além de volumes com 300 Kg de maconha no interior de uma lancha.
O nome da operação, SORORIDADE, é um conceito que se refere à empatia, solidariedade e acolhimento entre mulheres.