Toledo tem o 3º maior índice de acesso ao atendimento pré-natal do Brasil

Elaborado pelo CLP, ranking de competitividade aponta que as mães de 93,45% das crianças nascidas vivas no município fizeram sete ou mais consultas antes do parto

Toledo foi um dos destaques em publicação feita recentemente na página do Centro de Liderança Pública (CLP) no Instagram. Em um dos indicadores do levantamento divulgado anualmente, a Capital Paranaense do Agronegócio apareceu em terceiro lugar no ranking nacional de acesso ao atendimento pré-natal entre os 404 municípios com mais de 80 mil habitantes.

Segundo o DataSUS, 93,45% das mães de crianças nascidas vivas em Toledo no ano de 2022 fizeram sete ou mais consultas antes do parto. Este índice só não é maior que o registrado em Pato Branco/PR (93,83%) e Uberlândia (93,46%)

Mais cinco cidades paranaenses estão entre as 20 mais bem posicionadas no ranking: Paranavaí (4º/93,22%), Umuarama (10º/90,22%), Curitiba (12º/90,10%), Apucarana (15º/89,73%) e Francisco Beltrão (16º/89,49%). No cenário nacional, o “Top 5” é completado por Itapeva/SP, que ocupa a quinta posição (92,33%).

O acesso ao pré-natal está dentro do quesito “Acesso à saúde”, um dos cinco pilares do levantamento realizado pelo CLP. “O pré-natal é essencial para garantir que a mulher e o bebê tenham uma gestação e um parto saudáveis e sem nenhuma complicação. O acompanhamento além de prevenir e diagnosticar precocemente doenças e problemas que podem se agravar, também orienta a mulher sobre temas importantes referentes à maternidade”, salienta a publicação do Centro de Liderança Pública.

AMI – De acordo com a gerente do Ambulatório Materno Infantil (AMI), Marcia Mallmann, este resultado é fruto de sólidas políticas públicas colocadas em prática pela Prefeitura de Toledo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, ao longo dos anos. “Na realidade, isso é uma construção em rede do atendimento à gestante, e essa construção já vem de muitos anos. O ambulatório materno infantil, por exemplo, surgiu com a reorganização das unidades em função da pandemia. Nessa concentração das gestantes em um só espaço, tivemos uma diminuição da mortalidade infantil bem considerável”, recorda.

A gerente pontua que o AMI atua prioritariamente com gestações de risco alto ou intermediário e que todas as unidades sob gerência da Secretaria Municipal de Saúde possuem profissionais treinados para seguir protocolos de atendimentos a este público. “Na atenção primária, há um trabalho de acolhimento realizado pelas equipes de enfermagem, o que permite o pré-natal precoce, desde o momento em que a mulher relata um atraso da menstruação, quando já é feito um exame de gravidez em até 24 horas”, detalha. “Após a abertura do pré-natal, toda a equipe daquela unidade onde a gestante está sendo atendida se envolve no processo”, observa.

Márcia explica que, na primeira consulta, o enfermeiro, para a boa evolução da mamãe e do bebê, já faz a solicitação de medicamentos e suprimentos essenciais, como ácido fólico e sulfato ferroso. “A partir daí há toda uma programação de exames de sangue e ultrassons, que devem ser feitos na data agendada, pois fará muita diferença para o desenvolvimento do bebê dentro do útero e nos primeiros anos de vida. Estes procedimentos ajudam, entre outras coisas, a detectar problemas silenciosos, como hipertensão e diabetes, cujos tratamentos têm maiores chances de sucesso se forem descobertos logo no início”, observa.

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