A Secretaria Municipal da Educação (Smed), por meio do Núcleo de Estudos e Atendimentos à Diversidade e à Inclusão (Neadi), deu início nesta segunda-feira (19) à segunda edição do Colóquio Municipal de Políticas Educacionais Inclusivas (Compei). O evento, com dois dias de duração, teve sua abertura realizada no auditório do câmpus Toledo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e visa à promoção de um um espaço de multiplicação de conhecimentos e de discussão sobre o assunto entre profissionais que atuam na área.
O tema principal do 2º Compei é “A Educação Especial inclusiva nas perspectiva da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica” e, em torno deste assunto, foram ministradas as palestras sobre o transtorno do espectro autista com a professora Kelley Stepanha e a respeito dos direitos das crianças com deficiência com a promotora de Justiça Kátia Krüger, com a psicóloga Glorete Barbosa Lenzi e a coordenadora de Educação Especial da Smed, Patrícia Fabiane Schnorenberger.
A promotora, juntamente com o prefeito Beto Lunitti; a titular da Smed, Marli Gonçalves Costa; e a presidente do Conselho Municipal de Educação (CME), Eliana de Fátima Buzim, fizeram parte da mesa de honra da solenidade de abertura do colóquio, realiza entre as duas palestras do primeiro dia. “Na Educação, procuramos fazer tudo com carinho, respeito e zelo pela qualidade de vida de nossas crianças. Afinal, temos a convicção de que quando a vontade e a dedicação prevalecem, os resultados aparecem. Inclusão parte do pressuposto de que todos são capazes de aprender e isso se faz oferecendo a cada aluno, com deficiência ou não, condições iguais ou até melhores que aqueles que estão na rede privada de desenvolverem todo seu potencial”, destaca a secretária. “Governar é fazer escolhas e na educação optamos por um caminho no qual as escolas são espaços libertadores, transformadores, inclusives e encantadores. Estamos investindo em novas metodologias de ensino, com emprego da tecnologia em sala de aula, mas também em melhorias das estruturas físicas, incluindo aí os recursos de acessibilidade. Digo aos meus colegas prefeito da Amop [Associação dos Municípios do Oeste do Paraná] em investirem bastante na educação básica, pois temos em nossa região um ‘cavalo que está passando encilhado’ chamado “Biopark”, uma das maiores estruturas de difusão de conhecimento da América Latina que demandará mão de obra altamente qualificada. Por que não as nossas crianças de hoje se tornarem os colaboradores bem remunerados destas empresas no futuro?”, questiona.
Segundo dia
A programação do 2º Compei prossegue nesta terça-feira, com dez grupos de estudo, sendo três na sede do Centro Integrado de Políticas Educacionais Professora Maria Iaschombek Doege (Cipe) e sete no câmpus local da Universidade Paranaense (Unipar). Confira abaixo os temas e seus ministrantes.
Grupos de estudos no Cipe – Rua do Cedro, 873 – Vila Operária
• A arte como elemento facilitador no processo de inclusão – Daline Ferrari/Mariana Simonis
• Autismo: do diagnóstico à intervenção – Nilmara Martins/equipe do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps I)
• Educação física e a educação inclusiva – Flávia Hissamura e Willian Santana
Grupos de estudos no câmpus I da Unipar – Av. Parigot de Souza, 3636 – Jardim Prada
• O serviço de fonoaudiologia e o atendimento à educação especial – Ellen Fantinelli e Juliana Romancini
• A educação matemática inclusiva: uma abordagem no ensino de estudantes surdos – Aline Keryn Pin
• Psicologia educacional e a pré-adolescência na Educação Especial – Ana Claudia Souza e Janaína Formighieri
• Psicomotricidade e o processo de inclusão – Marcia Mendes e Jaqueline Eberhardt
• TDAH, medicalização e família – Camila Daniel e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
• A atuação multiprofissional como potencializadora da neuroplasticidade e seu impacto na Educação Especial inclusiva – Mayara Bolson Salamanca e acadêmicos de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
• Tecnologias assistivas – Julio Cesar Braun e Lidiane Ribeiro